Traduzir Bertha Pappenheim: do teatro particular ao público

por Julia Fatio Vasconcelos

Não poderia iniciar essa fala[1] sem antes agradecer o convite do GEPEF e parabenizá-las pelo importante trabalho que estão realizando. A ideia de traduzir os textos de Bertha Pappenheim, que motivou esse convite, surgiu a partir do Grupo de Estudos e Trabalho entre Psicanálise e Feminismo do qual participei, durante cerca de seis anos; e, dessa forma, é uma honra poder retornar com os efeitos desse percurso num espaço como este, que promove interlocuções fundamentais expandindo os laços e as trocas. A segunda questão que não posso deixar de mencionar é justamente a surpresa com o convite para falar sobre tradução e o livro de Bertha.

No livro O que é escrita feminina[2], Lucia Castello Branco afirma que o autor de um texto nem sempre (ou quase nunca) é aquele que mais sabe acerca de sua obra, que qualquer escrita fala mais do que pretende ou do que pensa estar falando. Penso que o mesmo ocorre com algumas traduções e seus tradutores. Quando as traduções dos textos de Bertha Pappenheim se iniciaram, imaginei que uma vez publicado o livro, seus textos estariam no mundo e com isso se formalizaria, por fim, uma separação entre a tradutora e a obra, ou entre a tradutora e Bertha. Talvez, presa demais em suas palavras, o que mais poderia dizer depois disso tudo? Barbara Cassin, filósofa francesa, que usarei ao longo desse texto para me apoiar na construção de seu conceito de intraduzível e o que podemos pensar através dele com o termo talking cure, criado por Bertha, escreveu um lindo livro que se chama Elogio da tradução[3]. Nele, a autora compara esse trabalho do tradutor com o do filólogo, aquele que pesquisa a linguagem através de textos antigos, e afirma que muitas vezes o tradutor não sabe o que procura e com frequência nem o que encontra com seus trabalhos; simplesmente damos prosseguimento, e recolhemos seus efeitos no depois. Para escrever seu livro, Bárbara Cassin se inspirou no texto de Walter Benjamin, “A tarefa do tradutor”[4]; nele o filósofo afirma que a tradução é uma espécie de testemunho. Do mais alto testemunho de uma obra. A tradução dá continuidade à sua vida, expande suas fronteiras, espaciais e temporais. Mas, ao contrário do original, nunca se pode dizer que uma tradução é a última. As línguas são vivas, elas mudam e requerem novas versões daquilo que foi traduzido. O tradutor trabalha então com uma mistura de fidelidade e liberdade, na qual se deixa tocar pela língua estrangeira para recriar uma versão que caiba na sua.

Para Barbara Cassin, nisso, a tarefa da tradução toca num ponto importante entre submissão e criação. Se precisamos nos submeter às línguas, é com elas também que podemos criar. Há um desejo, segundo a autora, que fica velado, no entanto, por trás dos trabalhos de tradução, que é o desejo de que pudesse haver uma língua só, uma língua pura, na qual as palavras e sentidos pudessem se corresponder. Mas é nessa impossibilidade que reside, justamente, a beleza do ato de traduzir, incluindo aí seus efeitos geopolíticos. Ao ter que lidar com as diferenças que vêm desde as línguas, deixando-se tocar por uma outra, pela língua do outro, o idioma estrangeiro, precisamos nos colocar fora das lógicas de dominação que fazem resistência às boas traduções. Diante da barbárie do mundo, a tradução passa a ser um tema abordado frontalmente, um saber viver junto, a passagem entre as línguas, no tempo e espaço. Um trabalho artesanal, muitas vezes, entre momentos históricos diferentes, de encontro e desencontro com as palavras e seus idiomas, expandindo mundos.

Bertha Pappenheim foi uma feminista e ativista que construiu mundos também através de seus feitos, lutas, escrita e traduções. Em 1904, criou o movimento feminista judaico na Alemanha, um dos maiores na Europa no início do século XX, onde lutou pelo direito ao voto feminino e a educação para mulheres. Entre 1907 e 1918, fundou quatro lares para acolher mulheres que eram excluídas socialmente. Nesses instituições chegou a receber duas mil mulheres que eram mães solteiras, órfãs ou prostitutas sem lares. Dedicou-se à luta contra o tráfico de mulheres pela Europa e pelo Oriente Médio, empreendendo diversas viagens, relatórios e congressos, e usou de sua escrita para transmitir suas ideias: publicou contos de fadas, poemas, peças de teatro, ensaios jornalísticos e textos políticos ao longo de toda a sua vida. Lutou contra os pogroms instaurados pela Europa e contra a perseguição aos judeus, e enfrentou a Gestapo quando requisitada a depor no final da vida.

Em 1933, no entanto, viu a tentativa de apagamento de sua obra na queima dos livros do regime nazista. E em 1938, na Noite dos Cristais, destruíram as instituições que havia fundado. Antes de sua morte, escreveu uma série de ensaios e obituários, imaginando o que diriam de sua vida. Pediu que seu sobrinho jamais revelasse que ela havia sido Anna O. No entanto, em 1953 Ernest Jones publicou a biografia de Freud, onde dizia que Bertha havia sido Anna. Não demorou para que interpretações fossem feitas de sua vida. O fato de não ter se casado, não ter tido filhos e ter dedicado uma vida ao ativismo foi lido por muitos como sintomas de uma histeria não resolvida.

Audre Lorde, em “Os usos do erótico: o erótico como poder”[5], texto referência para o encontro, relata justamente o quanto somos ensinadas a ver o erotismo somente remetido ao quarto e apagamos outras esferas de satisfação e realização das mulheres. Pego três trechos de seu texto que são didáticos para pensarmos a atuação de Bertha no mundo e os preconceitos que viveu. Cito Audre:

[…] somos ensinadas a separar a demanda erótica de quase todas as áreas mais vitais de nossas vidas além do sexo. E a negligência às satisfações e fundamentos eróticos de nossa práxis se traduz em desafeto por grande parte do que fazemos. Por exemplo, quantas vezes amamos de verdade nosso trabalho até mesmo quando temos dificuldades nele?

A própria palavra erótico vem do grego eros, a personificação do amor em todos seus aspectos — nascido do Caos, e personificando o poder criativo e a harmonia. Então, quando falo do erótico, o estou pronunciando como uma declaração da força vital das mulheres, daquela energia criativa fortalecida, cujo conhecimento e uso estamos agora retomando em nossa linguagem, nossa história, nosso dançar, nosso amar, nosso trabalho, nossas vidas.

E por fim afirma:

Essa sabedoria profunda e insubstituível da minha capacidade ao gozo me põe frente à demanda de que eu viva toda a vida sabendo que essa satisfação é possível, e não precisa ser chamada de casamento, nem deus, nem vida após a morte.

Sem cair em idealizações do percurso de Bertha, ou ainda propor uma substituição, pois sabemos por seus relatos que a ausência do encontro com o amor lhe trouxe sofrimento ao longo da vida, Pappenheim viveu uma vida envolvida e dedicada à causa das mulheres e a dar voz à elas, numa empreitada diante da qual não recuou. A publicação de seus textos é o registro disso. Através deles temos notícias de uma história que se deu pelas bordas, dessas histórias que ficam fora dos registros oficiais e dos quais poucos escutamos ou estudamos, mas dos quais vivemos os efeitos e conquistas até hoje.

Podemos então pensar junto com Audre Lorde e Barbara Cassin a tradução como um trabalho que transgride as fronteiras e as lógicas de dominação e incluí-la no campo de uma erótica do saber fazer junto que atua no mundo? Barbara Cassin afirma em seu livro que, para se arriscar a traduzir, é necessário desejar em pessoa. Nos agradecimentos de Jacques, o Sofista[6], ela afirma que retorna aos gregos e escreve sobre suas ideias não por serem conceitos necessários, mas conceitos vantajosos, não verdadeiros, mas úteis. Talvez com eles possamos expandir um pouco mais nossos mundos.

Em 1899, Bertha Pappenheim também entrou nessa empreitada das traduções com o livro Reivindicação dos direitos da mulher, de Mary Wollstonecraft, edição que ficou conhecida como a mais fiel às ideias da autora, mantendo seu poder transgressor após publicações que reduziam sua disruptividade. Traduziu também textos religiosos do judaísmo, incluindo as mulheres em manuscritos que pareciam se direcionar apenas aos homens, sem que se sustentassem pelos textos originais. Bertha tornou a tradução uma de suas ferramentas de emancipação e de transgressão da dominação masculina na construção de Outros mundos. Cito mais uma vez Cassin: “é evidente que existe uma dimensão política […] sobre a língua e a tradução. […] sabemos que os caminhos da tradução, que constroem civilização […] são caminhos de poder.”[7] Mas podemos insistir ainda em seu poder disruptivo: “línguas diferentes produzem mundos diferentes dos quais elas são causas e efeitos, e fazer com que os mundos se comuniquem […] proporcionam uma leitura muito diferente [de nosso universo]: […]  estamos [aí] sob o regime […] que faz ser o que é dito.”[8]

Barbara Cassin segue desenvolvendo então o que seria essa tarefa do tradutor. Com o intercâmbio das línguas e a necessidade do idioma estrangeiro, o tradutor acaba por complicar a ideia de Uma Verdade, fixa e única, bagunçando os universais. No encontro entre elas, as línguas, não encontramos uma correspondência inequívoca. É necessário, muitas vezes, mais de uma palavra para traduzir a mesma de outra língua. É preciso então trabalhar com essas tensões e diferenças. As línguas se interpenetram e se bagunçam. É dessa forma que ela questiona as lógicas de dominação, pelas palavras que escolhemos e porque em ato, para se chegar mais próximo de uma Outra língua, não podemos dominá-la, mas é necessário se deixar tocar pelas ressonâncias da língua estrangeira, para responder com uma Outra.

Bárbara cita Humboldt como o padroeiro dos tradutores:  “Alcanço a autêntica certeza da verdade muito raramente e oscilo com muita facilidade entre duas séries de ideias, de tal modo que, quando estou a ponto de adotar a primeira, sempre acho a outra melhor”[9]. É nesse ponto então que a autora cria o conceito de intraduzível: que é não exatamente palavras que não se traduzem, mas aquilo que não cessa de não se traduzir. “Uma língua difere da outra e se singulariza pelos equívocos, a diversidade das línguas se deixa perceber pelos sintomas, as homonímias semânticas e sintáticas. Essas desordens, essas confusões, essas auras de sentidos, que tornam as traduções difíceis e que eu chamo de ‘intraduzíveis’”.[10]

Em 1881, Bertha Pappenheim cunhou o termo talking cure para nomear seu tratamento terapêutico com Breuer. Quando jovem, mantinha o hábito de devanear. Criava histórias durante o dia diante da monotonia do cotidiano de uma jovem que gostaria de estudar e era mantida dentro de seu lar. Bertha chamava isso de seu teatro particular. Mais tarde, durante seu tratamento e diante de uma forte angústia, Breuer percebeu que, se repetisse alguma palavra que ela dizia durante esses momentos que a atormentavam, ela se ligava a um novo discurso. Bertha lhe relatava algum episódio que havia acontecido ou então criava para ele novas histórias, novos devaneios, numa espécie de conto de fadas. Com o alívio dos sintomas que experimentava diante dessas cenas, ela nomeou seu tratamento de forma espirituosa como “limpeza da chaminé”.

De língua alemã, um dos sintomas de seu adoecimento foi uma desorganização da linguagem. Primeiro lhe faltaram as palavras, depois perdeu toda gramática, toda sintaxe, a conjugação inteira dos verbos, até que as palavras lhe faltaram quase por completo. A língua materna se apagou e ela entrou em um total mutismo por duas semanas. Tentando recriar uma linguagem, Bertha passou a usar cerca de cinco idiomas ao mesmo tempo. Até que, em março de 1881, passou a falar somente em inglês. É então com essa língua, que lhe era estrangeira, que Bertha nomeou isso, que lhe tocava o inconsciente, como talking cure, termo que ficou conhecido mundo afora e reconhecido como o nome de batismo da psicanálise.

Sabemos que um dos nomes que Lacan deu ao inconsciente é esse saber insabido. “Talking cure” rodou o mundo e até hoje nos serve para com poucas palavras tentar transmitir o que é a psicanálise. Que cada um possa encontrar suas próprias nomeações para isso é tarefa árdua de cada analista. Talvez por isso mesmo essa junção de duas palavras, aparentemente tão simples, talking E cure, que está na origem do que fazemos, não encontre uma tradução sem questionamentos no português. Há sempre os debates, se traduzimos cure por cura OU tratamento? Ao traduzir, precisamos optar por uma delas. Mas diante dessa escolha de palavras, há um debate por trás, que talvez nos interesse mais do que a decisão final, que é se curamos OU tratamos? E mais, ao condensar em uma palavra, sem que soubesse, Bertha transmite a insubmissão das línguas, o encontro com o diferente que não encontra correspondência e nos coloca a trabalhar; pois, afinal, não poderia esse termo nos desafiar em nossa lógica de exclusão e colocar que o que está em jogo é a possibilidade de cura E tratamento, ao mesmo tempo? Será que não fazemos os dois? Barbara Cassin afirma que o desafio das traduções é que não traduzimos somente as palavras em si, mas o peso e o ressoar delas; como traduzir então esse termo, talking cure, nome inventado em transferência, que carrega consigo todo esse ressoar de uma demanda de cura e uma transferência de amor? Se Bertha inventou um nome para isso que mais tarde seria chamado de “psicanálise”, está desde o início colocado que a cada um que se aventurar nisso, também terá que inventar o seu jeito de aí se colocar e nomear. Talvez mais do que como traduzimos talking cure para o português é como cada um inventa e traduz seu modo de dizer e transmitir ao fazer isso que fazemos — o trabalho com o inconsciente enquanto psicanalistas.

Lacan, em 1978, no encerramento do 9º Congresso da Escola Freudiana de Paris,[11] sobre o tema da Transmissão, afirma que:

Eu, devo dizer, me indaguei sobre isso, e é por isso que fiz  minha proposição, aquela que instaura o que se chama o passe, no qual confio em alguma coisa que se chamaria transmissão, caso houvesse uma transmissão da psicanálise. Tal como a concebo agora, a psicanálise é intransmissível. Isso é muito desagradável. É bem desagradável que cada psicanalista seja forçado — pois é preciso que ele seja forçado a isso — a reinventar a psicanálise.

Para concluir, pego então esse termo que Lacan ressalta nesse trecho que é o “passe”. Os finais de uma análise. Se na porta de entrada temos a talking cure, de saída temos a publicação do primeiro livro de Bertha Pappenheim. Bertha não concluiu seu tratamento com Breuer em 1882. Após a interrupção de seu processo, ela foi internada quatro vezes em hospitais psiquiátricos durante sete anos — entre eles o Bellevue, onde foi acompanhada por Binswanger. Bertha, que desde a adolescência tinha o interesse pela escrita, seguia escrevendo durante sua internação. O médico, vendo seu interesse e o alívio que experimentava ao colocar as palavras no papel, a incentivou que continuasse. Em 1888, Bertha reúne alguns dos textos que havia escrito e faz então sua primeira publicação. É um livro infantil, chamado Pequenas histórias para crianças[12], no qual reúne contos de fada que são a elaboração de seu adoecimento e tratamento com Breuer. Essa publicação marca o fim definitivo de suas internações. Bertha a faz em anonimato. E em 1890, publica seu segundo livro, Na lojinha de bugigangas[13], sob o pseudônimo masculino “Paul Berthold”. Em 1899, escreve sua primeira peça de teatro — que deu início a essas traduções[14]Direito da mulher: peça em três atos[15], ainda sob o pseudônimo masculino, que usará até 1902 quando passa, enfim, a assinar em nome próprio. Se os devaneios, que ela nomeou de teatro particular, lhe ajudavam a fugir da monotonia de seu cotidiano enclausurada em casa, é pela escrita que ela encontra um lugar na esfera pública, marcando o fim de seu adoecimento e o início de uma luta coletiva em busca de espaço para as mulheres no campo público levando sempre o ato de escrever como aliado. Talvez, assim, possamos pensar que se Bertha inventou a talking cure, foi por uma espécie de writting cure, cura pela escrita, que encontrou um lugar no mundo. Freud já dizia que os poetas antecedem o psicanalista; talvez Bertha ainda nos deixe este legado, que nos é tão caro: o que uma escrita permite em termos de tratamento e cura?

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, Walter (1923) A Tarefa do Tradutor, de Walter Benjamin: quatro traduções para o português. Trad. S. K. Lages. Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2008.

CASSIN, Bárbara (2016) Elogio da Tradução: complicar o universal. Trad. D. Falkemback & S. Petry. São Paulo: Martins Fontes, 2022.

CASSIN, Bárbara (2012) Jacques, o Sofista: Lacan, logos e psicanálise. Trad. Y. Vilela. São Paulo: Autêntica, 2017.

CASTELLO BRANCO, Lucia (2024) O que é escrita feminina. Salvador: Amitié, 2024.

LACAN, Jacques (1978) A Transmissão – Encerramento do 9º Congresso da Escola Freudiana de Paris. Trad. A. O. Costa. Disponível em: <https://appoa.org.br/correio/edicao/246/a_transmissao_encerramento_do_9_congresso_da_escola_freudiana_de_paris/222> Consultado em: 20/11/2024.

LORDE, Audre (1984) Os usos do erótico: o erótico como poder. Trad. T. N. dos Santos.. In: Textos Escolhidos de Audre Lorde. Herética Difusão Lesbofeminista Independente. Disponível em: <https://www.mpba.mp.br/sites/default/files/biblioteca/direitos-humanos/direitos-da-populacao-lgbt/obras_digitalizadas/audre_lorde_-_textos_escolhidos_portu.pdf> Consultado em: 20/11/2024.


* Julia Fatio Vasconcelos é psicanalista. Participou do Grupo de Estudos e Trabalho em Psicanálise e Feminismo de 2015-2021. Fundadora e Membro da Equipe Ponte. Membro pesquisadora do Instituto Vox. Organizadora e autora do livro: Misoginia e Psicanálise. Autora de capítulos nos livros: Freud e o Patriarcado; Travessias e Travessuras no Acompanhamento Terapêutico; O psicanalista: na instituição, na clínica, no laço social, na arte, volume 2. Tradutora do livro Do teatro particular ao público, de Bertha Pappenheim (Blucher, 2023). Contato: fatio.julia@gmail.com.



[1] Este texto é fruto de trabalho apresentado no evento “Laços Eróticos: Vida e Destrutividade”, organizado pelo Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas, em 24 de agosto de 2024. Optei por manter a marca da oralidade, pois nela está a motivação desta escrita e a interlocução com o GEPEF.

[2] CASTELLO BRANCO, Lucia (2024) O que é escrita feminina. Salvador: Amitié, 2024.

[3]  CASSIN, Bárbara (2016) Elogio da Tradução: complicar o universal. Trad. D. Falkemback & S. Petry. São Paulo:  Martins Fontes, 2022.

[4] BENJAMIN, Walter (1923) A Tarefa do Tradutor, de Walter Benjamin: quatro traduções para o português. Trad. S. K. Lages.  Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2008.

[5] LORDE, Audre (1984) “Os usos do erótico: o erótico como poder [Trad. T. N. dos Santos]. In: Textos Escolhidos de Audre Lorde. Herética Difusão Lesbofeminista Independente.

[6] CASSIN, Bárbara (2012) Jacques, o Sofista: Lacan, logos e psicanálise. Trad. Y. Vilela. São Paulo: Autêntica, 2017.

[7] CASSIN, Bárbara (2016) Elogio da Tradução: complicar o universal. Trad. D. Falkemback & S. Petry. São Paulo:  Martins Fontes, 2022, p. 42.

[8] CASSIN, Bárbara (2016) Elogio da Tradução: complicar o universal. Trad. D. Falkemback & S. Petry. São Paulo:  Martins Fontes, 2022, p. 19.

[9] CASSIN, Bárbara (2016) Elogio da Tradução: complicar o universal. Trad. D. Falkemback & S. Petry. São Paulo: Martins Fontes, 2022, p. 123.

[10] CASSIN, Bárbara (2016) Elogio da Tradução: complicar o universal. Trad. D. Falkemback & S. Petry. São Paulo: Martins Fontes, 2022, pp. XXVII, XXVIII.

[11] LACAN, Jacques (1978) A transmissão – Encerramento do 9º Congresso da Escola Freudiana de Paris. Trad. André Oliveira Costa.

[12] No original: Kleine Geschichten für Kinder, publicado em 1888, Karlsruhe, Alemanha.

[13] No original: In der Trödelbude, publicado em 1890 em Schauenburg, Alemanha.

[14] PAPPENHEIM, Bertha, Do Teatro particular ao público. Trad. J. F. Vasconcelos. São Paulo: Blucher, 2024.

[15] No original: Frauenrecht: Schauspiel in drei Aufzügen, publicada em 1899 em Dresden, Alemanha, e provavelmente nunca encenada. Teve uma primeira leitura dramática no Rio de Janeiro em 2024.




COMO CITAR | FATIO VASCONCELOS, Julia Hélène (2024) Traduzir Bertha Pappenheim: do teatro particular ao público. Lacuna: uma revista de psicanálise, São Paulo, n. -17, p. 8, 2025. Disponível em: <https://revistalacuna.com/2024/12/05/n-17-08/>.