Método psicanalítico e vida pulsional

La methode psychanalytique et la vie pulsionelle ]

 por Monique David-Ménard

 Tradução | Beatriz Chnaiderman

O segredo de toda arte consiste em observar em tudo, com cuidado, o que há de mais absoluto. De fato, há coisas que, por certo, de um ponto de vista são mais absolutas do que outras, mas que, consideradas de outro modo, são mais relativas.

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Descartes, Regras para a orientação do espírito.[1]

1 | Ambiguidade epistemológica do método

Na história das ciências e na filosofia, a insistência sobre o método do saber representa a ideia de uma relatividade essencial do objeto quanto à nossa maneira de nos aproximarmos dele. Desse ponto de vista, apresenta-se constantemente a psicanálise como a radicalização das implicações epistemológicas do método, devido à ambiguidade que ela reconhece na transferência — instrumento da transformação que um tratamento pode produzir e, ao mesmo tempo, obstáculo a ela.

Normalmente, apoia-se num exame rápido da teoria da relatividade na física para situar a análise na esteira dessa relatividade do objeto a ser conhecido pelas nossas medidas, que são — como dizia Gaston Bachelard em O novo espírito científico — teorias materializadas.

No entanto, podemos nos perguntar se essa relatividade do objeto aos atos do sujeito que dele se aproxima é a mesma em epistemologia das ciências e em psicanálise. O modo como se põe à prova o saber que investe o objeto a ser conhecido é da mesma ordem nesses dois domínios? Levar em consideração a psicanálise incita a especificação dessa pergunta da seguinte maneira: a relação com o objeto enquanto desconhecido é idêntica nesses dois casos? É incontestável que há uma relação com o desconhecido em todo saber que se constitui, mas, nas ciências físicas e biológicas, trazer à luz essa relação está mais para uma forma de mostrar que Descartes não foi longe o suficiente. De fato, sua ideia de método não exige apenas que examinemos minuciosamente o que “é o mais absoluto”, o que constitui — mesmo se ele recua ao afirmá-lo — uma crítica da própria noção de absoluto enquanto objetivo do saber. Mas, além disso, insistir sobre o método é deixar acreditar que, independentemente das especificidades daquilo que há para conhecer, seria possível sobrevoar de certa forma o domínio a descobrir e determinar previamente, isto é, justamente pelo método, as suas características. Assim os filósofos empiristas ou hegelianos criticam então Descartes por propor, com o nome de ‘método’, um procedimento abstrato que só se reconstitui ulteriormente, quando na verdade ele é um procedimento universal para descobrir a essência (que, portanto, não é relativa ao sujeito) de uma realidade a ser conhecida.

Quanto ao método, entendo por isso regras certas e fáceis cuja exata observação fará que qualquer um nunca tome nada  de falso por verdadeiro, e que, sem despender inutilmente nenhum esforço de inteligência, alcance, com um crescimento gradual e contínuo de ciência, o verdadeiro conhecimento de tudo quanto for capaz de conhecer.[2]

Por um lado, então, a ideia de método convida a refletir sobre a relatividade do conhecimento. Por outro, pelo contrário, ela representa a ideia de uma identidade do pensamento em todos os seus atos de conhecimento — identidade que poderia ser definida previamente — e, assim, propõe regras universais que funcionam como um novo absoluto: nada é em si misterioso ou difícil, como acreditavam os teólogos. Este é o lado revolucionário do cartesianismo: o método propõe uma nova arte de pensar que dissolve a ilusão de uma obscuridade própria às coisas e a uma incapacidade dos homens, cujo pensamento seria portador dos estigmas do pecado original. Mas, ao mesmo tempo, o aspecto prometeico do método — que seria o mesmo para qualquer coisa — remete ao princípio da unicidade da razão, que faz do conhecimento uma descoberta da essência de uma realidade e a apreensão das “qualidades primeiras”, independentes do método. A psicanálise se inscreve nessas ambiguidades ou ela transforma a própria ideia de método?

Ao seguirmos certas indicações de Freud sobre o caráter provisório dos conceitos que emprega — o de inconsciente, por exemplo —, diz-se que ele se inscreve em uma tradição que insiste na especificidade dos objetos a serem descobertos e na importância dos momentos de fracasso em uma pesquisa, o que vai contra a ideia de um método universal que reduz o desconhecido através da aplicação das regras do pensamento verdadeiro.

A insistência na especificidade de campos de saberes e de objetos não é válida apenas para a física. Muito se disse que Claude Bernard foi o inventor do “método experimental” porque ele resumia a lógica de suas descobertas com a tríade “observação, hipótese, experimentação”. Mas trata-se de um resumo ulterior que não dá muito conta da história de uma descoberta. Mirko Grmek, em sua obra sobre Claude Bernard e o método experimental, mostra que este procurava no organismo animal um órgão destruidor do açúcar. Com base nisso, chegava a observações contraditórias; e somente a longa insistência nesse erro lhe fez compreender que o órgão em questão, o fígado, era na verdade o produtor dessa substância. Logo, sua descoberta é, essencialmente, a retirada de um obstáculo ligado ao desconhecido de um domínio. A partir desse momento — fecundo, mas para o qual ainda não existe método que regre a priori —, produz-se uma extensão possível da descoberta: a noção de secreção interna levou Claude Bernard à de ambiente interior, o que oferecia uma noção nova daquilo que constitui a unidade dos seres vivos. O alcance universal desse novo princípio é, portanto, um resultado, e não uma prévia. Grmek conclui que “Claude Bernard fez suas descobertas antes de definir o seu método. A descoberta do método talvez prejudique suas aplicações. O método é um sintoma do cansaço do pesquisador”[3].

Quando os epistemólogos se deparam com o problema da descoberta, das duas, uma: ou fazem disso um fenômeno histórico e psicológico que não teria escopo lógico, ou admitem um acaso que não é um irracional, mas uma conjunção de dois determinismos separados. Citamos frequentemente, ainda a respeito de Claude Bernard, a intervenção, em sua descoberta, de um fato que se apresenta “sem preparação”. É isso mesmo que o fazia dizer, ulteriormente, que ele começava pela observação. Ele havia apontado “por acaso”, assim, a diferença de aspecto da urina de coelhos criados em laboratório e a de comprados em loja. Esse fato se tornou o ponto de partida de suas descobertas sobre a nutrição de carnívoros e herbívoros, e da explicação da função exócrina do pâncreas, justamente porque o tal fato era imprevisível. O acaso é um fato sobre o qual “jamais poderíamos ter pensado”. Mas é claro que essa independência do fato não é absoluta, já que a sua importância se deve à lacuna que o cientista permite que o fato introduza em relação ao saber preexistente. A descoberta supõe essa capacidade de fazer dela a oportunidade de uma transformação das hipóteses. O fato, então, é aquilo que incomoda, que consegue perturbar uma teoria prévia. É disso que se trata em psicanálise?

2 | A resistência em psicanálise é um obstáculo de tipo epistemológico para o saber do analista?

Bem se percebe que aquilo que Freud chama de resistência, na análise, longe de fazer do método uma visão a posteriori — e, portanto, enganosa — de uma descoberta, integra-o na prática e na teoria dos processos que estão ocorrendo. É que a aproximação com o desconhecido tem, para o analista, no tratamento, uma outra configuração: não se trata apenas de poder receber a estranheza de um fato que não se enquadra em uma hipótese anterior; tampouco se trata apenas de conceber que aquilo que denominamos objeto é relativo à maneira como nos aproximamos dele — trata-se de se deixar modificar no decorrer dos pensamentos, dando lugar ao modo como o paciente nos utiliza na transferência, sem que de início saibamos como. Trata-se também de deixar estar, no paciente, a ambiguidade da transferência: alavanca do tratamento e da resistência. Enfim, existe uma relação entre esses dois fatores que situa, tanto para o analisando quanto para o analista, o lugar exato do saber na dinâmica de um tratamento: o desconhecido, como eu ia dizendo, não é apenas o que está para ser descoberto na ordem de um saber ainda não formulável; o desconhecido, aqui, remete mais a uma estranheza que pode caminhar na ordem do saber, sem que o conhecimento que dela retiramos vise reduzir aquilo através do qual essa estranheza nos solicita. A redução do desconhecido não é a alavanca da análise. Não se trate de sacralizar o não saber, mas o próprio saber é considerado como sendo um “meio” onde as questões pulsionais tomam forma.

Catherine Chabert expôs anteriormente, em trabalhos nossos, que só a capacidade do analista de permitir com paciência, graças à transferência, o desenvolvimento de um “não querer curar” esgota o artefato das fantasias desenvolvidas no tratamento, e que tomam o analista como objeto de investimentos alucinatórios por não desatá-las de suas raízes infantis. Retornemos a esta frase de Freud, realmente notável, extraída de “A dinâmica da transferência” (1912): “Quando algo do material do complexo (do conteúdo do complexo) se presta para ser transferido para a pessoa do médico, ocorre essa transferência; ela produz a associação seguinte e se anuncia mediante sinais de resistência como uma interrupção, por exemplo.”[4]

O que me parece decisivo nesse texto é que, no decorrer do trabalho sobre as representações, é ao conflito pulsional que Freud está atento, mais do que às próprias representações; ele evidencia esse investimento erótico ou hostil do analisando, que resiste a desatar as organizações pulsionais infantis. Mas esse aspecto do trabalho o detém porque a ligação íntima entre a representação e o fator energético das pulsões põe em jogo uma luta interna no analista: a paciência requerida do analista diante da ambiguidade da resistência é, para o próprio analista, um desafio interno para o seu desejo de saber. Sem essa provação para o analista, talvez um tratamento não possa se desenlaçar e possibiiltar outros investimentos libidinais para o analisando. Mas só paciência, como qualidade psicológica, não é o suficiente para esgotar o que há de alucinatório na repetição transferencial. É preciso que ela consista — essa paciência do analista — em uma provação para o seu desejo de saber.

É interessante notar que, na frase citada, Freud faz alusão, entre parênteses, ao conteúdo do complexo. O que o detém, de fato, não são os conteúdos inconscientes em si — aqueles que poderíamos descobrir, como Claude Bernard descobriu a função glicogênica do fígado —, são suas significações dinâmicas, isto é, o jogo de forças que se produz no saber ou nas representações do analista que quiser compreender e conhecer sem que a questão transferencial seja o próprio saber ou o próprio conhecimento.

3 | O “desconhecido” na psicanálise

Compararemos, desse ponto de vista, o texto sobre “A dinâmica da transferência” aos textos precedentes que estão reunidos, na edição francesa, sob o título de La technique psychanalytique[5] [A técnica psicanalítica], e que culminam com o artigo de 1912.  Pois a culminação apaga parcialmente o trabalho que Freud faz sobre seus próprios pensamentos; ou melhor, apaga a importância da confusão de pensamentos que vai se desenvolvendo nele à medida que quer conhecer o inconsciente do paciente — isto é, encontrar os conteúdos dos complexos. No artigo intitulado “Sobre a psicoterapia” (1902), endereçado inicialmente a uma escola de medicina, ele explica, tanto para si quanto para seus interlocutores e leitores, o que convém entender por “consciência” e “inconsciente”. Ele partira da hipnose e da ab-reação, que concediam uma importância decisiva aos conteúdos dos complexos. Porém, a consciência não se define em referência aos seus conteúdos. “A consciência”, diz Freud no momento, como sendo um avanço teórico, “é a supressão da restrição psíquica.”[6] Tiramos dessas linhas, na história da psicanálise, a capacidade de insight, a possibilidade de associar livremente; ou, ainda, na linguagem de Lacan, a capacidade de um analisando, em fim de tratamento, de falar de sua história dirigindo-se ao analista. Mas quando captamos, em estado nascente, a maneira como Freud descobre a importância das resistências, é marcante que tenha sido por um questionamento — aceito por ele e posto em prática em seus textos — de seu próprio desejo de controle pelo saber. Em seguida, mas apenas em seguida, ele pode falar da ambiguidade da transferência, da resistência do analisando como condição de — e obstáculo a — um deslocamento dos investimentos da sexualidade infantil. Essa encenação através da escrita do conflito que habita o analista quanto a conteúdos inconscientes por descobrir se desenvolve de texto em texto nos escritos considerados técnicos (Freud, La technique psychanalytique), e permite variações de cenário segundo os interlocutores a quem se dirige: médicos ou analistas.

No artigo “As perspectivas futuras da terapia psicanalítica” (1910), para dizer por que a consciência não é um conhecimento, ele dá um “leve” exemplo de suspensão do recalque: uns amigos organizam uma ida ao campo e uma das damas da reunião prevê com suas amigas que, para aproveitarem tranquilamente todo o tempo do passeio, quando as damas quiserem se isolar um pouco, deverão dizer apenas que vão “colher flores”. Mas um dos organizadores da festa as surpreende e divulga essa recomendação, e assim o segredo está exposto — o que quer dizer que ele perde a sua função de proteção de um ritual. Daí, diz Freud, todas as damas muito simplesmente vão fazer as suas necessidades fisiológicas. Assim, o papel do analista é menos o de compreender do que o de permitir que um segredo seja descoberto — e, desse modo, aliviar uma restrição. “A comunicação do segredo terá atacado no ponto mais sensível a ‘equação etiológica’ de que se originam as neuroses, terá tornado ilusório o ganho obtido com a doença.”[7] Mas só há equação etiológica em relação a um procedimento de conhecimento, e compará-lo a um segredo que se expõe sobre um prazer solitário supõe uma atenuação do desejo de compreender no analista.

Esse mesmo movimento de Freud pode ser visto no texto de 1911 sobre “O uso da interpretação dos sonhos na psicanálise”. Nesse artigo, Freud recomenda aos psicanalistas não quererem entender todos os conteúdos oníricos, saberem deixar passar alguns sonhos quando a própria multiplicidade de produções oníricas constituir uma resistência. Chega mesmo a dizer da importância, para a condução do tratamento, do fato de que o analista possa “abandonar as ideias conscientes intencionais durante o tratamento”, isto é, a compreensão da etiologia dos sintomas; ele se expressa, inclusive, numa incrível fórmula contraditória na qual percebemos as questões pulsionais do seu desejo de compreender: é sempre vantajoso, diz ele, “nos decidirmos a não disputar com o inconsciente o estabelecimento das relações.”[8] O que é o mesmo que dizer que se trata de esforçar-se… para não fazer qualquer esforço de pensamento!

Não se trata aqui de uma apologia ao não saber, e sim do trabalho que o analista efetua sobre as suas próprias resistências de pesquisador. Para outro analista que não Freud, talvez as resistências a deixar produzir-se a repetição transferencial seriam de outra natureza que não a que ele indica aqui: a preocupação etiológica do pesquisador, que isolaria claramente de que é feita a transferência ao relacionar seus detalhes relevantes com os conteúdos inconscientes. Mas seu temperamento de pesquisador lhe permite isolar a questão pulsional do saber, da qual a perlaboração do analista é condição para abordar, em seguida, o que ele chama, no paciente, de transferência como resistência.

Conclusão

É essa questão pulsional do desejo de compreender que constitui a importância da psicanálise enquanto método e a especificidade do método em psicanálise. É porque o desejo de saber é, ao mesmo tempo, solicitado e submetido a uma modificação — que, por si só, torna possível o acesso à ambiguidade da transferência — que a psicanálise, mais do que as ciências, se define como método clínico.

O termo ‘método’ aqui não designa apenas a importância daquilo que resiste, do lado do fato ou do objeto, a hipóteses iniciais; e que resiste de uma maneira impossível de prever de antemão, como no caso das descobertas de Claude Bernard lidas por Grmek. O método, nesse caso, remete diretamente à colocação em jogo do saber como pulsão no analista, e ao fato de que esse acesso do analista às suas próprias resistências — que tomam a forma da preocupação etiológica — é o meio de campo necessário para poder transformar o jogo da resistência no paciente.

Freud escrevia, desde 1895, essa frase quase intraduzível para o francês: “Am Nebenmensch lernt der Mensch zu erkennen”:  é “sobre” o humano ao lado que o homem aprende a conhecer. E não hesitava em afirmar que as articulações lógicas do pensamento — como, por exemplo, a distinção entre o sujeito e os predicados em uma lógica predicativa — concernem à formação dos desejos sexuais.  “S é P ou Q”: essa proposição elementar não visa, ou não visa apenas, a determinar um conteúdo intelectual de S. Os predicados são os atos de um sujeito que procura reduzir o desconhecido de S.

Mas aquilo que remete aos processos de pensamento do infans, dependente do primeiro outro — esse seio que ele percebe de esguelha pode lhe permitir reencontrar o seio percebido, ontem, de frente? —, vale também para o analista cujo desejo de compreender o desconhecido naquilo que ele escuta de um outro é uma modalidade da relação consigo mesmo, aquela que se encontra investida numa pulsão de saber.

Apenas essa mobilização pulsional do saber e a sua perlaboração distinguem o método psicanalítico de uma técnica, se a técnica se caracteriza pela aplicação de uma regra que pouparia a perlaboração — que é, também, uma experiência para o analista.

Em psicanálise, diferentemente do que acontece nas ciências, não é só que o objeto, por ser desconhecido, só pode ser abordado através da crítica daquilo que aparece como erros e ilusões, graças às limitações do pesquisador; é que há um papel dinâmico do desconhecido, percebido inicialmente no outro: a resistência do paciente é, para o analista, a oportunidade de acesso, nele mesmo, a essa provação do desconhecido que coloca em jogo o seu desejo de domínio através do conhecimento.

A própria noção de método, em toda disciplina, concerne ao cognoscível e ao incognoscível; e ela põe em relação o conteúdo de um saber e o caminho para alcançá-lo. É por isso que falar em “método psicanalítico” leva a precisar como essa arte de fazer com a transferência, que é a psicanálise, faz do conhecido e do desconhecido um dos lugares da vida pulsional. 

REFERÊNCIAS

DESCARTES, René (1628-29) Regras para a orientação do espírito, 2 ed. Trad. M. E. Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

FREUD, Sigmund (1902) “Sobre a psicoterapia”.

FREUD, Sigmund (1910) “As perspectivas futuras da terapia psicanalítica”. In: Obras completas, v. 9. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Cia. das Letras; pp. 287-301.

FREUD, Sigmund (1911) “O uso da interpretação dos sonhos na psicanálise”. In: Obras completas, v. 10. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Cia. das Letras; pp. 122-132.

FREUD, Sigmund (1912) “A dinâmica da transferência”. In: Obras completas, v. 10. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Cia. das Letras; pp. 133-146.

GRMEK, Mirko (1991) Claude Bernard et la methode expérimentale . Paris: Payot.


* Monique David-Ménard é psicanalista em Paris. É diretora do Centre d’Études du Vivant (Universidade Paris-Diderot) e diretora de pesquisa na mesma instituição. Doutora em Psicopatologia Clínica e Psicanálise e em Filosofia, é analista-membro associada da Sociedade de Psicanálise Freudiana – SPF, desde 1994, e membro fundador da Socidade Internacional de Filosofia e Psicanálise  – SIPP.


** Beatriz Chnaiderman está no fim da graduação no IP-USP. Fez intercâmbio na Université Paris VII-Diderot. É membro do Grupo de Tradução e Pesquisa de Filosofia Árabe e História do Pensamento, na FLLCH-USP. Realiza pesquisa no IP-USP sobre o tema da imaginação.



[1] DESCARTES, René (1628-29) Regras para a orientação do espírito, 2 ed. Trad. M. E. Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2007; p. 33 (“Regra VI”).

[2] DESCARTES, René (1628-29) Regras para a orientação do espírito, 2 ed. Trad. M. E. Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2007; p. 20 (“Regra IV”).

[3] GRMEK, Mirko (1991) Claude Bernard et la methode expérimentale . Paris: Payot; p. 66.

[4] FREUD, Sigmund (1912) “A dinâmica da transferência”. In. Obras completas, v. 10. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Cia. das Letras, 2010; p. 140.

[5] Cf. <www.puf.com/Quadrige:La_technique_psychanalytique >. (N. do T.)

[6] FREUD, Sigmund (1902) “De la psychothérapie”

[7] FREUD, Sigmund (1910) “As perspectivas futuras da terapia psicanalítica”. In: Obras completas, v. 9. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Cia. das Letras; pp. 298-299.

[8] FREUD, Sigmund (1911) “O uso da interpretação dos sonhos na psicanálise”. In. Obras completas, v. 10. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Cia. das Letras, 2010; pp. 128-9 (trad. modificada).




COMO CITAR ESTE ARTIGO | DAVID-MÉNARD, Monique (2015) Método psicanálitico e vida pulsional [Trad. B. Chnaiderman]. Lacuna: uma revista de psicanálise, São Paulo, n. 0, p. 1, 2015. Disponível em: <https://revistalacuna.com/2015/09/29/metodo-psicanalitico-e-vida-pulsional/>.