(…) O curso de um rio, seu discurso-rio,
chega raramente a se reatar de vez;
um rio precisa de muito fio de água
para refazer o fio antigo que o fez.
Salvo a grandiloquência de uma cheia
lhe impondo interina outra linguagem,
um rio precisa de muita água em fios
para que todos os poços se enfrasem:
se reatando, de um para outro poço,
em frases curtas, então frase e frase,
até a sentença-rio do discurso único
em que se tem voz a seca ele combate.*
João Cabral de Melo Neto, “Rios sem discurso”
PALAVRAS INICIANTES
Na ausência, por enquanto, de estar psicanalista em gesto clínico na presença de outro (o analisante), que digeri a palavra e a dirige a nós sem mediação, diga-se assim melhor: na ilusão de sua própria boca; ficamos em formação alimentados pelas palavras que correm em relato, para escutar e apre-e-nder o gesto clínico. Esse fluxo de experiência toma contornos por aquele já lá presente com o ouvido há mais tempo flutuante. Nossa escuta se alimenta, então, de palavra compartilhada na porção, no formato, no saber-sabor escolhidos por quem diz. Talvez, também na ilusão de dirigir e controlar com margens o fluxo de suas palavras durante sua elaboração acerca de um caso. Quem sabe disso, um tanto não salte? [1]
Compondo o relato, chega a nós uma fala a três (ou em três fios): i. do psicanalista; ii. do analisante traduzida pelo primeiro; e iii. da mistura, do que já não se separa nem por querer e nem por dever. Pode-se desmontar em três estratos e de cada um se montar uma escuta, sempre em função de x. Aqui, tentaremos escutar o que vem atravessando, o que soa como de um-e-de-outro; aquilo que pode ter saltado.
Nesse emaranhado de fios d’água, queremos mostrar como a experiência compartilhada pelo psicanalista mais velho é fundamental para nossa formação e é estabelecida desde as origens psicanalíticas. Mostrar a importância, não só dizê-la; para isso, proporemos uma escuta e uma interpretação para o que relataremos do que nos foi relatado.
PALAVRAS ATRAVESSADORAS
A nossa formação e atuação (talvez inseparáveis: “formatuação”) não se faz sem o outro, um lugar ocupado em diversidade e marcado por momentos complementares e fundamentais de nosso percurso formativo interminável. Temos espaços e momentos configurados com o outro-colega de grupo — debatendo textos, casos, situações…; o outro-psicanalista-professor — ouvindo uma versão de leitura, descobrindo conceitos…; o outro-psicanalista-supervisor — revendo posicionamentos, confirmando atuações… ; o outro-psicanalista-que-relata com generosidade em seminários clínicos — aprendendo manejos, levantando questões…; o outro-analisante — escutando, pontuando, possibilitando travessias…; o outro-psinalista que faz de nós analisantes — falando, realizando nossa travessia…
Nessa confluência de falas, um rio de discursos onde as poças se “enfrasaram”, uma ou outra palavra salta procurando respiro, se coloca em destaque, atravessa o fluxo e cria um rasgo, uma fresta por onde podemos escutar um fio de água mais profundo, nem de uma primeira margem nem de uma segunda. Pela fresta é preciso saber escutar para que a dimensão, ainda que delimite uma área observável, não aprisione as palavras.
Uma saída é remontar os passos da formação da própria psicanálise e, assim, seguimos também em prática um caminho traçado por Freud. E, ainda, o ouvimos, e, ainda, repetimos. Observemos três relatos feitos com finalidades diferentes, mas implicados em processos de formação; são situações em que um psicanalista mais experiente apresenta seus casos aos ouvintes, em “formatuação”. Na primeira, um exemplo de interpretação; nas seguintes, dados para nossas hipóteses de análise, considerando o modelo de conexões lexicais da primeira e a participação da transferência, esta agindo como num campo de força como vetor na nossa formação e como vetor no processo analítico.
1. “Cama e mesa” | Em 1915, encontramos Freud em uma conferência (XVII)[2], na qual nos relata dois casos para exemplificar os sentidos do sintoma em neuróticos obsessivos. O primeiro caso, único a ser abordado aqui, é o de uma jovem senhora que conta sua experiência da noite de núpcias. Freud diz que ela se casou com um homem bem mais velho e, durante a noite, ele teria se encontrado numa condição de impotência. Para não se envergonhar perante a empregada, o homem apanhou uma garrafa de tinta vermelha e pintou o lençol. Contudo, a jovem senhora afirmou ser um local da roupa de cama inapropriada para a mancha. Lemos então nas palavras de Freud a queixa da jovem senhora: seu sintoma, cujo manejo do analista levou à cena anterior, consistia em correr de seu quarto para outro e se posicionar atrás de uma mesa com uma toalha, chamar a empregada para que esta pudesse ver a toalha e, ali, ver uma mancha. Segundo o psicanalista, não havia mais dúvida entre a “íntima conexão” dos fatos. Foi o percurso para justificar a interpretação que ora nos interessará: Freud estabelece uma série de ligações lexicais, tendo em vista a experiência da analisante: “cama” conectado com “mesa” e “lençol” com “toalha” (numa busca um tanto rápida em dicionários online — Michaelis, Babylon… — , as palavras em alemão, respectivamente, apresentam também semelhanças sonoras: “bett”, “tisch”, “betttuch”, “tischtuch”, respectivamente — “tuch” pode ser traduzido como pano). Desse ponto do texto, guardemos as possibilidades de associações entre as palavras.
2. “Tudo aqui” | Durante um momento do curso de formação, chamado de “hora clínica”[3], ouvimos o depoimento de uma psicanalista acerca de um caso em curso. Estava atendendo uma garota de 15 anos. Sua mãe a pariu quando tinha 11 anos e a jogou na lata de lixo da própria casa — da avó da garota. Agora, a menina é criada pela tia-avó, também responsável pelos gastos com educação, saúde etc. O ponto destacado pela psicanalista foi o fato de a analisante ter afirmado que a tia-avó havia lhe dado de presente de aniversário passar um dia inteiro na análise, isso sem combinar nada nas sessões. A dúvida era o que fazer: aceitar, não aceitar, ajustar, propor algo frente a isso. Em certo momento do relato, afirmaria então sobre sua paciente: “ali ela tem tudo que não tem fora dali”. Destacamos a frase por entender haver aí uma “palavra” (sequência) que salta e fisga a analista (talvez, quem ali ouviu também); por isso voltaremos ao trecho no próximo tópico, em que proporemos, como exercício de escuta, uma interpretação. Um último aspecto indicado foi a dificuldade para encerrar as sessões, porque a garota insistia em ficar, chegava a abaixar o relógio da sala para que as horas não fossem vistas e, quem sabe, instala-se ali um presente contínuo (?).
3. “O cama-nada” | Em um encontro (Seminários Clínicos[4]) ouvimos o relato feito por um psicanalista acerca do atendimento de uma senhora de 54 anos. Ela havia sido encaminhada para análise após passar por cirurgias de retirada da mama (sem colocação de prótese) e de estética abdominal (para redução). Dentre alguns assuntos narrados pelo psicanalista, como relação com as filhas, trabalho, relação com o marido, dois receberam destaque: o fato de ela não fazer menção à mastectomia, nem verbal e nem corporal (talvez tenha feito corporal), sentava-se com os braços cruzados, talvez, escondendo o resultado da cirurgia; o outro fato de destaque, pelo menos em nossa leitura, foi nomear o marido como “camarada”, não dizendo assim o nome dele. A senhora reclamava da apatia do marido e se apresentava como uma pessoa disciplinadora, rígida e dinâmica, conforme apontava o relato. Ela demonstrava interesse em uma vida ativa, intelectual e sexual, dizia que “provocava” o marido, mas nada. No momento de debater o caso, ao responder a alguns questionamentos, o próprio psicanalista usou o termo “provocar”, como uma ação sua para o manejo da análise, dizia ele que “provocava” a paciente, no sentido de fazer apontamentos, chamar a participar. Temos nesse relato três elementos que para nós “saltam” do discurso-rio: o corpo sem a mama (elemento erótico), a ausência do marido na cama e o verbo “provocar”.
PALAVRAS FISGANTES
Do que propomos e do que imaginamos ser nosso papel na formação, queremos tentar construir aqui algumas hipóteses para “escutar” esses fios de rio que correm, certos de que são apenas fragmentos e, por isso, admite-se qualquer desvio na correnteza, levando a outros afluentes ou mesmo cessando o fluxo. Fazemos então um exercício de escuta para registrar uma possibilidade de debater-se.
Para realizar nosso objetivo, tentaremos tomar um fio-palavra que gotejou de algumas leituras motivadas por outros relatos e outros debates, em busca de ligar poças e propor um fluxo para o que destacamos. Esperamos estabelecer em nossas palavras um também atravessamento, no caso específico, de método, tal qual relatou Freud.
Em comum, os dois relatos parecem nos remeter às reflexões sobre transferência e contra-transferência. A impressão, tendo em vista o índice (mínimo?) presente nos recortes pequenos, se forma por observarmos ali as expressões já destacadas, declarando em alguma medida uma resposta ao lugar demandado ao analista ali na sessão. Vale lembrar o que já foi lembrado: “No começo da experiência analítica, vamos lembrar, foi o amor”[5].
Acaso valha sustentar nesse ponto da nossa palavra que corre, ao buscar apoio de outro psicanalista mais experiente, poderíamos avançar — aqui desse começo de formação — em outra tentativa de ligar as poças ao observar como certas expressões podem se conectar com outras, como de palavra a palavra, ou de significante a significante, se organiza uma tentativa de interpretação. A cadeia formada precisa de sustentação também e apostamos nos índices que não correm para outro afluente senão por aquele indicado por Lacan: “o amor”. Evidente que o sentido aqui é outro, é quase mítico na retomada do amor histórico entre um homem e uma mulher (Anna O. e J. Breuer), por ser construído como mítico busca ser colocado como fundador e formador.
Nos aproximemos dos relatos: o 2 e o 3. No relato dois, o enunciado destacado é “ali ela tem tudo que não tem lá fora”, fala dirigida na discussão e não na sessão com a analisante. O cenário estabelecido é de um “tudo ali” frente a um “nada fora dali”; some-se a isso a dimensão temporal, já que a garota comunica o desejo de um presente na forma de um dia de sessão e busca interromper a passagem do tempo tentando anular a visão do relógio. Acaso o tempo, então, deixasse de correr pelo gesto imposto, sobraria uma ilusão de atemporalidade ou de um “presente permanente” — ou como apontado antes, contínuo.
Se o estar ali então traria tudo, na leitura da analista, ficar na sessão atenderia ao aplacamento do sofrimento da garota. Sobre isso vale buscar mais algumas palavras, ainda com Lacan:
A transferência já é, em si mesma, um campo aberto, a possibilidade de uma outra articulação significante, diferente da que encerra o sujeito na demanda. Por isso é legítimo, qualquer que seja seu conteúdo, colocar essa linha no horizonte. Chamo-a aqui de linha da transferência. Ela é algo de articulado. Que existe potencialmente para além do que se articula no plano da demanda, onde vocês encontram a linha da sugestão. Ora, o que está ali no horizonte é o que é produzido como tal, ou seja, a simbolização do Outro e a demanda incondicional de amor[6].
Ir além, pelo menos na breve narrativa trazida aqui, pode estar em, a partir da demanda instalada, fazer da superfície do rio-discurso espelhar não o papel ideal de confirmação do “tudo ali”, mas de que “nada ali”. Ou seja, do sugestionável “tudo ali” para o analítico “nada ali”. Talvez a mobilização pudesse ir à direção de nadar juntos nesse rio de palavras para sair das latas de lixos em que é lançada para que outros, sempre a um preço, cuidem dela (escola, aulas de idioma, terapia…).
Outra lição de Lacan que nos auxilia a remar no sentido da compreensão, é o alerta para “nunca ratificar a demanda como tal”[7]. Tarefa nada fácil, pois segundo o psicanalista francês, basta a satisfação no plano verbal. “O que significa que, por nossa presença, e na medida em que escutamos o paciente, tendemos a fazer com que se confunda a linha de transferência com a linha da demanda”[8].
É exatamente nesse plano verbal que vai se dar, prioritariamente, nossa intervenção, daí ter nos chamado mais a atenção no terceiro relato. A senhora coloca-se como “disciplinada”, “rígida”, características que faltam, supostamente, ao marido quando ela busca provocá-lo (a rigidez frente a suposta impotência). Diante desse campo semântico formado, pensamos na possibilidade de, ao ouvir “o camarada”[9], propor a escuta de “o cama-nada”. Ela convoca o camarada para a atividade intelectual e sexual e marido “cama-nada”. Talvez, a condução do analista em gesto de provocar, refletida na superfície espelhada do rio-discurso possibilite à senhora, cuja ação é de provocadora, deixar-se “provocar-dor” e a mão que esconde a mama se solte e revele o perdido. Talvez, depois disso, ao se banhar no rio-discurso revele-se outra em outro discurso e possa dizer de si naquilo que nada na cama.
A palavra não tem nunca um único sentido, o termo, um único emprego. Toda palavra tem sempre um mais-além, sustenta muitas funções, envolve muitos sentidos. Atrás do que diz um discurso, há o que ele quer dizer, há ainda um outro querer-dizer, e nada será nunca esgotado — se não é que se chega ao fato de que a palavra tem função criadora e faz surgir a coisa mesma, que não é nada senão o conceito[10].
Evidentemente, o “não se esgotar” se estabelece na medida em que as relações entre os termos acabam por puxar outros termos também, contudo existe um limite, a nosso ver, é sempre o limite da história do sujeito, aquilo contido no cercamento de sua existência, esta dada no transcorrer do tempo. Donde deva o relógio continuar de pé e a água a correr.
Por sinal, o tempo também tem um papel importante para a palavra na análise e para a própria experiência analítica, segundo nosso guia mais próximo nesse percurso:
Retomemos, pois, nosso exemplo — por que a análise se transforma, a partir do momento em que a situação transferencial é analisada pela evocação da situação antiga, em que o sujeito se encontrava em presença de um objeto muito diferente, inassimilável ao objeto presente? Porque a palavra atual, como a palavra antiga, é colocada num parêntese de tempo, numa forma de tempo, se é que posso me exprimir assim. A modulação do tempo sendo idêntica, a palavra do analista tem o mesmo valor que a palavra antiga[11].
Em “formatuação” ficamos, assim, sempre diante da fala dentro da fala, da palavra dentro da palavra, de um contínuo fora-dentro, para o qual se flui cada vez mais ao fundo para emergir. Da palavra antiga de Freud à palavra mais recente de Lacan e de colegas contemporâneos. Da palavra/gesto de rejeição da garota jogada na lata de lixo à palavra/gesto de acolhimento no presente. Da palavra/gesto provocação que ressoa no cama-nada, da forma menos esperada pela senhora professora, à palavra/gesto provoca-ação do analista, recebendo às vezes uma cama-nada como resposta.
Mas quando não é? Quando não temos a fala dentro da fala? Neste trabalho estamos lançados num rio de palavras das quais nos servimos para nadar e contra as quais nadamos para nos afogar e assim ser arrastado para o fundo, flutuando: única saída. Afinal, não seria a manifestação da fala do inconsciente encontrada “dentro” da fala consciente, ou melhor: não seria o signo verbal do inconsciente perdido na fala do consciente? Não é ao que está perdido que nossa escuta deve se virar e para isso estar flutuante, não só de uma margem a outra, mas da superfície ao fundo, em todo o rio-discurso para perceber um fio-palavra que enfrase as poças? ♦
REFERÊNCIAS
FREUD, Sigmund. (1915-6). “Conferência XVII: o sentido dos sintomas”. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XVI. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
LACAN, Jacques (1957-58) “Transferência e sugestão”. In: O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
_____. (1953-54) “A função criativa da palavra”. In: O Seminário, livro 1: os escritos técnicos de Freud. Trad. B. Milan. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
_____. (1960-61). “No começo era o amor”. In: O Seminário, livro 8: a transferência. Trad. D. D. Estrada. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
* Rafael Barreto do Prado é psicanalista em formação (ciclo IV de VI) pelo CEP – Centro de Estudos Psicanalíticos – SP. Professor da Educação Básica, graduado e licenciado em Letras, Mestre em Letras (Análise do Discurso, Sociolinguística e Ensino de Língua Portuguesa) e Doutorando em Letras (Análise do Discurso e Literatura Brasileira Contemporânea), todas as formações pela FFLCH-USP. Membro do grupo organizador da série “Debates Contemporâneos” realizada desde 2014 na Biblioteca Pública-SP Hans Christian Andersen.
[1] Agradeço aos psicanalistas que, consultados, permitiram que eu relatasse aqui uma pequena parte de seus trabalhos, agradeço também pela generosidade de dividir com todos as suas experiências.
[2] FREUD, Sigmund (1915-16) “Conferência XVII: o sentido dos sintomas”. In: Conferências introdutórias sobre psicanálise (Parte III). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
[3] Etapa do curso de Formação em Psicanálise oferecido pelo CEP – Centro de Estudos Psicanalíticos de São Paulo, na qual alguém da turma levanta uma questão a respeito de procedimentos técnicos (ciclo I e II) ou de algum evento humano que posso ser analisado pelo viés psicanalítico — caso, filme, livro etc. — (ciclo III e IV).
[4] Etapa do curso de Formação em Psicanálise oferecido pelo CEP – Centro de Estudos Psicanalíticos de São Paulo, na qual um psicanalista relata e discute um caso atendido por ele. Há três momentos divididos em três: dia 1: relato; dias 2: continuação e debate; dia 3: um ouvinte se dispõe a fazer o mesmo.
[5] LACAN, Jacques (1960-61) “No começo era o amor”. In: O seminário, livro 8: A transferência. Trad. D. D. Estrada. Rio de Janeiro: Zahar, 2010, p. 13.
[6] LACAN, Jacques (1957-58) “Transferência e sugestão”. In: O seminário, livro 5: As formações do inconsciente. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1999, p. 441.
[7] LACAN, Jacques (1957-58) “Transferência e sugestão”. In: O seminário, livro 5: As formações do inconsciente. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1999, p. 442.
[8] LACAN, Jacques (1957-58) “Transferência e sugestão”. In: O seminário, livro 5: As formações do inconsciente. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1999, p. 442.
[9] Segundo o analista, a senhora utilizava também a expressão “camaradinha” para se referir a alunos (ela era professora) “indisciplinados”.
[10] LACAN, Jacques (1953-54) “A função criativa da palavra”. In: O seminário, livro 1: Os escritos técnicos de Freud. Trad. B. Milan. Rio de Janeiro: Zahar, 2009, p. 314.
[11] LACAN, Jacques (1953-54) “A função criativa da palavra”. In: O seminário, livro 1: Os escritos técnicos de Freud. Trad. B. Milan. Rio de Janeiro: Zahar, 2009, p. 315.
COMO CITAR ESTE ARTIGO | PRADO, Rafael Barreto do (2017) Transferência e Formação: das palavras do rio às escutas afluentes. Lacuna: uma revista de psicanálise, São Paulo, n. -4, p. 3, 2017. Disponível em: <https://revistalacuna.com/2017/11/20/n4-03/>.