Imagens para nascer e imagens para morrer – intersecções entre a antropologia e a psicanálise

por Denise Tamarozzi Mamede

“Eu próprio levanto minha exígua cabeça de vivo,

procuro colocar-me num ponto irradiante

da terra, olhar de frente

com toda a inspiração do meu passado, e estar

à altura dos mortos, na zona

esplêndida e vasta

da sua nobreza — receber essa espécie de força

indestrutível

que envolve a cabeça montada sobre os dias e dias,

de que as rosas bebem o jeito aéreo e a boca

a delicadeza misteriosa.”

 

— Herberto Helder, Elegia Múltipla I

O corpo, a imagem e a morte são temas de diversas áreas de saber, sendo lidos em cada uma de uma maneira bastante própria, mas muito me impressionaram as aproximações possíveis entre os estudos antropológicos da imagem e as teorias de estruturação psíquicas que se deram a partir de Freud, especialmente pelo próprio Freud e por Jacques Lacan. O processo de formação da imagem, seus meios e sua capacidade de estruturar um lugar tanto de inquietude como de fundamental reconhecimento são considerações trazidas tanto na psicanálise como na antropologia.

A imagem concentra, por si só, diversos atributos que reverberam na vida prática do sujeito, mas o que me interessa inicialmente é o seu papel na formação de uma borda psíquica, uma imagem de si mesmo projetada, ou ainda, o que há de mais essencial na formação do Eu (Ego, Ich), de acordo com Freud[1]. “O Eu é, primeiro e acima de tudo, um eu corporal; não é simplesmente uma entidade de superfície, mas é ele próprio a projeção de uma superfície”. A formação da imagem do corpo próprio é, dessa forma, essencial para que o corpo real se sustente, em harmonia com o plano simbólico, de modo que é pela via da projeção do Eu como uma imagem-matriz consolidada que se pode haver um “suporte” do sujeito que se identifica em seu corpo.

O nascimento da imagem como representação é formado e alimentado por representações óticas e verbais, especialmente, que derivam do sistema perceptivo[2]. É o nascimento do Eu — instância psíquica que faz a mediação do ser com o mundo, capaz de dar a ilusão necessária de unidade ao corpo do bebê que antes se percebia em extensão com o corpo da mãe, uma unidade sempre impregnada de conflitos e que, para se manter íntegra, recorre a uma série de camadas e defesas que fazem postergar o encontro com a falha na imagem.

A percepção da imagem do corpo, de acordo com Jacques Lacan em seu célebre texto “O estádio do espelho como formador da função do Eu”[3], carrega consigo dois vieses: tanto possibilita o nascimento de um sujeito para o mundo simbólico quanto tende a aliená-lo à imagem inicial, ou seja, a imagem do outro — que aparece antes mesmo do olhar do bebê pra si mesmo. É, primeiro, pela imagem do corpo do outro que a matriz identitária é formada. Ou seja: o modo como a imagem do outro (externo) é percebida e codificada dará as diretrizes e pistas sobre o que fazer com a própria imagem, por isso, matriz. Essa matriz, por ser da ordem do simbólico, coloca uma abertura possível para a reformulação e constante formatação dessa imagem.

Me aterei à imagem e ao plano imaginário. Reconhecemos, os psicanalistas, este campo como o das identificações, das projeções; um campo em que a ilusão de compreensão entre os sujeitos é possível, o plano da alienação. Ora, não me parece assim tão diferente do que pude ver nos autores que tratam da antropologia da imagem. O aparecimento das imagens como signos da morte é apenas uma outra face da moeda do nascimento dos humanos para o mundo da linguagem. Ou estariam em extensão? Nascemos pelas imagens e retornamos a elas quando morremos. A diferença essencial entre essas imagens é que o meio para as imagens psíquicas é o corpo; e o meio para as imagens ‘físicas’, seus suportes, são outros — apesar disso, é apenas por meio de um corpo que podem ser lidas/vistas/significadas. Nasce a imagem interna, nasce um sujeito com seu corpo, morre um sujeito com seu corpo, nascem imagens que o representam.

Talvez o que mais chame a atenção seja justamente a polissemia do termo “imagem”, que é utilizado para designar tanto imagens mentais quanto imagens óticas e acústicas. Em acordo com Santaella e Nöth, em seu livro intitulado Imagem: cognição, semiótica e mídia:

Às vezes, a palavra “imagem” designa o representante no sentido de desenho, fotografia e quadro. Com o conceito de “imagem mental” no sentido de uma ideia ou imaginação, nos reportamos à imagem como interpretante. E, mesmo para o objeto de referência da imagem, há a designação “imagem”, quando ele é entendido como uma “imagem original”, da qual foi feita uma “cópia” ou “cópia tirada” de uma fotografia[4].

É o caso de me utilizar dessa polissemia evidente para articular ideias e questões que saltaram aos meus olhos quando do início dos estudos em antropologia da imagem. Em acordo com Debray[5], “A imagem, qualquer imagem, é, sem dúvida, essa astúcia indireta, esse espelho em que a sombra captura a presa”; e mais adiante: “do mesmo modo que a criança de peito junta, pela primeira vez, seus membros olhando-se em um espelho, assim também nós opomos à decomposição da morte a recomposição pela imagem ”. A imagem é capaz de recompor, de restituir e de estruturar lugares, pontos em que o impossível de simbolização se torna tão evidente que ameaça o corpo, a vida, a sanidade, a integridade: o nascimento e a morte. É no confronto com a imagem de seu duplo que o humano se lançará à experiência, ao mesmo tempo em que entra como falante na regra do jogo, a lida com a linguagem e seus limites.

Essa articulação parece também ser a tese central de Hans Belting[6]: a importância da imagem se dá por ela ser o lugar do pensamento do corpo. No processo de constituição da imagem que sustenta o corpo para que o mundo simbólico possa produzir seus efeitos, o rosto tem papel primordial. É por meio do rosto da mãe (ou daquele que faz o papel de Outro do bebê) que a imagem começa a se formar — pelo olhar da mãe, especialmente. O olhar desse Outro que aposta na existência daquele sujeito, e que o coloca de frente ao espelho, proporcionando uma integração gradual de sua imagem como sendo um corpo externo àquele corpo que o segura e que funciona, citando Lacan, como “suporte ortopédico” para sua existência. A voz que demanda, que aposta e que interpela em conjunto com o olhar asseguram para a capacidade de alienar-se e separar-se do Outro.

A citação de Levinas que inaugura o texto “O rosto e o sagrado”, de David Le Breton, é precisa nesse ponto, quando diz “o sentido é o rosto do outro e qualquer recurso à palavra se insere no interior do cara-a-cara original da linguagem. Todo recurso à palavra supõe a inteligência da primeira significação[7].

Chego com isso ao rosto. Essa parte do corpo tão importante para o reconhecimento, identificação, personalização. Um corpo sem rosto é um corpo indiferenciado. Como bem escreve Le Breton, “um corpo é necessário porque marca o limite entre si mesmo, o mundo exterior e os demais, o corpo como recinto, como fronteira da identidade. E o rosto é necessário como o território do corpo onde se inscreve a distinção individual” [8]. E completa: o rosto é uma cifra. Fazendo uma analogia, para a vida psíquica a dimensão singular é a do desejo, e para o corpo a dimensão singular se apresenta no rosto, nos “traços”.

O rosto como meio para a formação da imagem de si e o rosto como contendo e sendo a principal parte do corpo para a leitura do mundo. A formação da imagem do Eu nunca se completa, tendo níveis, se podemos dizer assim, de integridade e de estranheza, o que movimenta o sujeito em sentidos diferentes, dependendo do modo como ele responde às imagens que constitui não só do Eu como do “eu ideal” e do “ideal do eu”.

Mais uma vez a psicanálise e a antropologia se encontram. Se nesse ponto tomamos  Eu-Outro — sendo o Outro aquele com quem o sujeito em devir se identifica e no qual se reconhece para que possa nascer como sujeito —, no universo das imagens podemos encontrar a relação do homem com a figura divina. Schaeffer pontua que “a relação entre a figura humana deixou de ser assimétrica para tornar-se simétrica. O homem vai procurar, a partir de então, sua completude numa imagem ideal encarnando um modelo do qual ele mesmo será o criador e a origem”[9]. Há prospecções, de certo modo, que não permitem uma imagem completa e acabada de si, justamente porque a linguagem, simbólico, mostra a todo tempo seu limite, o ponto de desencontro entre o que o sujeito é e o que ele se reconhece sendo; ademais o real e a realidade em si também se impõem disruptivamente ao sujeito.

Para lidar com a cisão provocada pela sua entrada na linguagem, o sujeito utiliza subterfúgios que lhe restituem essa ilusão de integridade, sem os quais a fragmentação da imagem de si próprio torna-se a causa de extremo sofrimento psíquico, como nos casos de psicoses ou mesmo em neuróticos em quadros graves. Dito de outro modo, é a maneira como cada um nega a sua incompletude e a falta constituinte de todo ser simbólico que dá pistas aos psicanalistas de como um tratamento deve ser dirigido.

Nas neuroses os sujeitos recalcam a falta (signo da castração); eles sabem dela, mas não estão interessados em lidar com ela. A Lei, o limite, está dado, mas ele é constantemente “esquecido” para que a vida possa seguir adiante. Já nas psicoses a inscrição da falta não existe: são sujeitos muito mais atrelados ao imaginário, em que os pontos de sentido e de estofo psíquico não se sustentam em longo prazo, não havendo, portanto, recalque, mas uma foraclusão (termo lacaniano) da falta; são sujeitos habitados pela linguagem e pelas imagens. Na perversão, o modo de negar a falta é pela via de uma denegação, ou seja, o sujeito sabe da falta, da Lei, mas age apesar disso, como se não soubesse.

É muito comum, então, que estejamos sempre lidando com a desconstrução e reconstrução de nossa imagem, de nosso Eu, daquilo que entendemos por nós mesmos, mas que, por ser também uma instância de desconhecimento, é capaz de nos provocar enorme mal-estar, pelas vias de uma elisão, de uma fenda que se abre e nos deixa inquietos, angustiados diante de nós mesmos. Nada menos seria esperado, já que somos seres divididos, não somos somente o que reconhecemos como nós, mas somos também aquilo que abominamos em nós.

Se a imagem no espelho é capaz de integrar o corpo do bebê, uma falha no registro imagético, se posso dizer assim, no eixo Eu-outro, é capaz de trazer uma sensação de fragmentação e dissociação corporal que costumeiramente conhecemos como um dos sintomas da loucura. Perder-se em imagens, não reconhecer-se a si diante do espelho, desorganizar-se diante de uma questão que coloca em dúvida a certeza do que se é, tudo isso são manifestações que dizem da relação do sujeito com suas imagens.

É inegável que vivemos a era das imagens digitais e também, com a Internet, a era da autoimagem, da “selfie”, da autopromoção imagética que chega a níveis alarmantes; chega a ponto de um indivíduo, em nome de uma foto de si mesmo, cair de um penhasco. Esse é um fato de uma ironia sem precedentes. Se Narciso se afogou um dia, hoje as pessoas se arriscam para sair bem na foto. O que isso diz delas? Nada além de que a importância que a imagem postiça adquiriu foi letal.

Um modo de pensar a vida e a morte das imagens como correlatos do nascimento e da morte pela via do imaginário não pode deixar escapar o potencial alienante que elas, as imagens, têm. É quase um empuxo à alienação, em que o modelo torna-se alvo, e não matriz — o que gera uma série de desdobramentos na vida psíquica e prática. Os conflitos com a imagem de si mesmo e com as representações imagéticas que entram pelos olhos, ouvidos e demais sentidos estão em uma continuidade dentro-fora e são como que peças escolhidas da realidade, dão estofo e sentido para quem as lê.

Olhos, ouvidos, boca: o rosto. De fato, dos objetos parciais[10] — aqueles que seriam privilegiados como causa de (no sentido de causar, provocar) desejo —, a voz e o olhar estão localizados no rosto. Os demais estão espalhados pelo corpo (seio e fezes). Mas os que se concentram no rosto me fazem pensar na importância ainda mais central da singularidade que um rosto é capaz de exprimir. As imagens acústicas, a leitura de imagens, aquilo que nos entra pelos ouvidos, são um conjunto capaz de designar uma pessoa.

Foi a fala de meu sobrinho, aos 5 anos de idade, que reverberou em mim um curioso desejo de pensar a morte como uma ausência de palavras, ainda que eu acredite que as imagens posteriores à morte permanecem vivas em algum canto.

Tendo passado alguns meses do falecimento de meu pai, Guilherme sentou-se quieto em um local onde costumava ficar com o avô. Depois de alguns minutos, indagou-me: “Tia, o vovô não fala mais, né?!”. A percepção da ausência pelo silêncio me deixou bastante consternada; como era possível uma síntese da morte aos 5 anos de idade? “Não, meu amor. O vovô não fala mais” — eu não pude responder outra coisa.

É diante do corpo mudo, da imagem que não nos retorna identidade ou identificação vívida, que colocamos em questão a nossa própria existência. Cito Blanchot em uma bela passagem de seu texto O espaço literário:

Mas, quando estamos diante das próprias coisas, se focamos um rosto, um canto de parede, não nos acontece também abandonarmo-nos ao que vemos, estar à sua mercê, sem poder algum diante dessa presença muda e passiva? É verdade, mas é que então a coisa que fixamos mergulhou na sua imagem, é que a imagem uniu-se a esse fundo de impotência onde tudo recai. O “real” é aquilo com que a nossa relação é sempre viva e nos deixa sempre a iniciativa, dirigindo-se em nós a esse poder de começar, essa livre comunicação com o começo que somos nós próprios; e na medida em que estamos no dia, o dia ainda é contemporâneo do seu despertar.[11]

Nascer e morrer são fenômenos da realidade cujos motivos estão totalmente fora de nosso alcance, não se sabe o porquê de nascermos e a morte nos toma de assalto — como li em algum lugar, “toda morte é prematura” —; diante desses dois fatos, só resta à humanidade a invenção. Não foi mais do que isso que esperei ao iniciar um curso cuja temática da morte e do corpo morto eram tema. A invenção fez-se necessária à medida que eu pude entrar em contato com o corpo mudo de meu pai num outro momento que não de sua morte. Aquele corpo muito me disse, me ofereceu suas imagens no sentido mais amplo que a palavra pode ter, e um dia todas elas resumiram-se a uma mancha na camisa de um defunto. Jamais me esquecerei a péssima experiência estética deflagrada a partir desse momento: havia vazado alguma espécie de líquido do corpo de meu pai, e quando me dei conta de que aquela era uma prova irrefutável da mudez de suas palavras, precisei resgatar toda sorte de imagens que estavam em meu arquivo psíquico para continuar e viver.

Encerro com muitas perguntas ainda em mim, mas um apontamento importante: a ambiguidade proporcionada pelo mundo das imagens pode nos fazer nascer, despertar, mas também pode nos aprisionar, nos conter, nos fazer padecer diante delas como mortos em vida. ♦

REFERÊNCIAS

BELTING, Hans (2002) Antropologia da imagem. Trad. A. Mourão. Lisboa: KKYM, 2014.

BLANCHOT, Maurice (1955) “As duas versões do imaginário”. In: O espaço literário.  Trad. Á. Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.

DEBRAY, Régis (1993) “Cap. 1 – O nascimento pela morte”. In: Vida e morte da imagem: uma história do olhar no ocidente. Trad. G. Teixeira. Petrópolis: Vozes.

DIDI-HUBERMAN, Georges (1991) O rosto e a terra. Onde começa o retrato, onde se ausenta o rosto. Trad. S. Taborda. Porto Alegre, v. 9, n. 16, p. 61-82, maio de 1998.

FREUD, Sigmund (1923) “O Eu e o Id”. In: Obras completas, vol. 16: O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

_____. (1919) “O estranho”. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, v. 17. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

LACAN, Jacques (1956-57) O seminário, livro 4: A relação de objeto. Trad. D. D. Estrada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

_____. (1953). O simbólico, o imaginário e o real – conferência. Cadernos Lacan, publicação não comercial da Associação Psicanalítica de Porto Alegre.

_____. (1966). “O estádio do espelho como formador da função do eu”. In: Escritos. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988; pp. 96-103.

LE BRETON, David. 2009. El rostro y lo sagrado: algunos puntos de análisis. Universitas Humanística, Bogotá, n. 68, jul.-dic.

SANTAELLA, Lucia; NÖTH, Winfried (2001) IMAGEM, Cognição, semiótica, mídia, 2. ed. São Paulo: Iluminuras.

SCHAEFFER, Jean-Marie (2008) O corpo é imagem. Arte & Ensaios, Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais EBA, UFRJ, ano XV, n. 16, julho de 2008.


* Denise Tamarozzi Mamede é psicóloga e psicanalista, especialista em Clínica Psicanalítica pela PUC-SP, mestranda no Instituto de Psicologia da USP-SP e membro do corpo clínico da Clínica Aberta de Psicanálise da Praça Rossevelt (SP).



[1] FREUD, Sigmund (1923) “O Eu e o Id”. In: Obras completas, vol. 16: O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011; p. 40.

[2] FREUD, Sigmund (1923) “O Eu e o Id”. In: Obras completas, vol. 16: O eu e o id, “autobiografia” e outros textos (1923-1925). Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011; p. 40.

[3] LACAN, Jacques (1966) “O estádio do espelho como formador da função do eu”. In: Escritos. Trad, V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998; pp. 96-103.

[4] SANTAELLA, Lucia; NÖTH, Winfried (2001) IMAGEM, Cognição, semiótica, mídia, 2. ed. São Paulo: Iluminuras.

[5] DEBRAY, Régis (1993) “Cap. 1 – O nascimento pela morte”. In: Vida e morte da imagem: uma história do olhar no ocidente. Trad. G. Teixeira. Petrópolis: Vozes; pp. 13-43.

[6] BELTING, Hans (2002) Antropologia da imagem. Trad. A. Mourão. Lisboa: KKYM, 2014.

[7] LE BRETON, David (1968) El rostro y lo sagrado: algunos puntos de análisis. Universitas Humanística, Bogotá, n. 68, jul.-dic. 2009; pp. 139-153.

[8] LE BRETON, David (1968) El rostro y lo sagrado: algunos puntos de análisis. Universitas Humanística, Bogotá, n. 68, jul.-dic. 2009; pp. 139-153.

[9] SCHAEFFER, Jean-Marie (2008) O corpo é imagem. Arte & Ensaios, Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais EBA, UFRJ, ano XV, n. 16, julho de 2008; p. 130.

[10] LACAN, Jacques (1956-57) O seminário, livro 4 – A relação de objeto. Trad. D. D. Estrada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

[11] BLANCHOT, Maurice (1955) “As duas versões do imaginário”. In: O espaço literário.  Trad. Á. Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 1987; p. 257.




COMO CITAR ESTE ARTIGO | MAMEDE, Denise Tamarozzi (2018) Imagens para nascer e imagens para morrer – intersecções entre a antropologia e a psicanálise. Lacuna: uma revista de psicanálise, São Paulo, n. -5, p. 10 , 2018. Disponível em: <https://revistalacuna.com/2018/06/04/n05-10/>.