Considerações iniciais
Desde os primórdios da psicanálise a escrita freudiana da história clínica surgiu como uma ruptura com o modo tradicional da clínica médica registrar e publicar seus casos clínicos. Alguns médicos contemporâneos a Freud concebiam suas publicações clínicas como um roman à clef, ou seja, como uma novela inspirada em fatos reais, mas cujos nomes dos personagens eram cifrados, gerando em seus leitores a expectativa de como seria o próximo enredo[1]. Esses comentários críticos incomodavam Freud, contudo, ele mesmo também se espantava com o estilo romântico de seus escritos clínicos:
Nem sempre fui psicoterapeuta. Como outros neuropatologistas, fui formado na prática dos diagnósticos locais e do eletrodiagnósticos, e a mim mesmo ainda impressiona singularmente que as histórias clínicas que escrevo possam ser lidas como novelas e, por assim dizer, careçam do cunho austero da cientificidade. Devo me consolar com o fato de que evidentemente a responsabilidade por tal efeito deve ser atribuída à natureza da matéria, e não à minha predileção; o diagnóstico local e as reações elétricas não se mostram eficazes no estudo da histeria, enquanto uma exposição minuciosa dos processos psíquicos, como estamos acostumados a obter do escritor, me permite adquirir, pelo emprego de algumas poucas fórmulas psicológicas, uma espécie de compreensão do desenvolvimento de uma histeria[2].
Freud, em busca de fazer da psicanálise uma ciência natural (Naturwissenschaft), se depara de forma inesperada e surpreendente com o recurso às artes (literária e poética) para a tradução da experiência clínica na forma de texto. Em outras palavras, almejando elevar a psicanálise ao rol das ciências, construiu, na verdade, como um autor original, uma nova discursividade no campo dos saberes[3] na qual a arte cumpre um papel decisivo.
Considerando a originalidade do texto freudiano, Michel de Certeau[4] sustenta a tese de que as histórias clínicas freudianas consistiram na criação de uma novo estilo de escrita, revelando uma aproximação da escrita psicanalítica com a historiográfica ao privilegiar a ficção[5]. Uma particularidade estilística de Freud concerne ao emprego do significante “história” na construção de uma narrativa textual fragmentária, recortada e lacunar que leva em consideração a singularidade de cada caso. Uma ousadia diante da tendência enciclopédica e totalizante da ciência. O aspecto literário de suas histórias clínicas revela a arte literária como eixo epistemológico da psicanálise. Há quem compare o historial clínico freudiano com os livros de Stefan Zweig e Arthur Schnitlzer, que, antes de Freud, retrataram a vida vienense e o drama introspectivo em seus escritos[6]. O fato é que o artista precede o analista.
Essa escrita da clínica cumpre a função primordial de apresentar o frescor da psicanálise ao público leigo de sua época. Era importante para o criador da psicanálise expor os efeitos da análise e responder seus detratores. Contudo, não se trata meramente de uma aplicação de uma teoria prévia ao trabalho clínico. Importante lembrar que a clínica psicanalítica nasce com uma experiência e em um “só depois” ocorre a constituição gradual da teoria até os últimos dias de vida de seu criador. Assim, entre a clínica e a teoria temos uma relação dialética: a clínica é o espaço de produção dos conceitos teóricos que, por sua vez, servem de ferramentas para o analista[7]. De todo modo, as análises publicadas por Freud apresentam a soberania da clínica, a experiência como fundamento.
Psicanálise e história
Enquanto Freud sempre considerou a possibilidade de uma relação de interesse entre a psicanálise e a história, Lacan raramente invoca o campo historiográfico. Ao pensar nos saberes afins à psicanálise, Lacan destaca a matemática como a “ciência fundamental”[8]. O recurso à topologia e a transmissão sem perdas através dos matemas priorizaram a matematização na obra lacaniana. A interlocução com a história aparece de modo coadjuvante em seus seminários. Contudo, o psicanalista francês não se furtou a comentar e a tecer um conceito de história. Veremos isso mais adiante.
Por outro lado, a história é evocada constantemente e de diferentes formas no texto freudiano. Ao comentar sobre o interesse que a psicanálise pode despertar no campo dos saberes, Freud[9] revela sua perspectiva histórica: a continuidade da história da evolutiva de cada humano com a ampla história dos povos, das civilizações. A princípio, a concepção historiográfica, de ciência histórica, à qual Freud se refere é a história de longa duração, universal, da passagem das eras, dos séculos, cuja direção vai da barbárie à civilização. Essa leitura de longa duração e calcada no método científico foi corrente e construída no século XIX no contexto cultural alemão. Leopond Von Ranke foi um dos pioneiros na aplicação da perspectiva positivista ao trato dos documentos históricos, doando à milenar prática historiográfica ares de cientificidade. Contudo, sabemos que Freud, com a experiência e com a teoria, subverteu os conceitos de tempo e de história.
Mas, afinal, o que vem a ser a história? A conceituação clássica e consensual dos historiadores sobre seu campo é a célebre definição do historiador francês March Bloch[10]: “a história é a ciência dos homens no tempo”. Seguindo essa perspectiva, temos uma infinidade de formas de historicizar os homens no tempo, desde a longa duração, perpassando a história social (a história vista debaixo), até a micro-história. Em geral, a “operação historiográfica”[11] consiste em fazer uma passagem do relato (Historie) ao texto (Geschichte). Escrever, produzir textos a partir das fontes é tarefa cotidiana do historiador. Desde já uma observação pessoal: assim como a psicanálise, a história também é uma peste. Uma vez transferido a ela, dificilmente se está livre. Aliás, é notória a relação transferencial de cada um com o campo historiográfico: ou se ama, ou se odeia.
Dessa forma, antes de tratar especificamente do tema deste trabalho, a escrita freudiana da história clínica, considero importante ressaltar três eixos de encontros e desencontros entre psicanálise e história. A primeira, historicizar a psicanálise desde suas condições de possibilidade de surgimento até seus desdobramentos institucionais e políticos. Freud inaugura essa via em sua “Contribuição à história do movimento psicanalítico[12], ocasião em que retifica as origens da psicanálise (criação sua, e não de Breuer), além de assegurar a diferença de seu pensamento com os de Adler e Jung. Tomar a psicanálise em uma perspectiva histórica é um campo de trabalho consagrado por biógrafos e historiadores como Peter Gay[13] e Elisabeth Roudinesco[14]. A história da psicanálise se confunde com sua política institucional e com a formação do analista. Discutir o conceito de Escola, por exemplo, requer uma digressão ao contexto institucional da psicanálise nos anos 60 e a “excomunhão” de Lacan da IPA.
O segundo eixo consiste em uma interpretação psicanalítica da história, dos acontecimentos e dos fatos passados. Este recurso à teoria psicanalítica para interpretar a história, conforme Michel de Certeau[15], só obscurece, escamoteia através de uma discursividade repleta de sentido o que não se pode saber. Para os historiadores consiste em um projeto delicado, pois conduz ao maior temor historiográfico: o anacronismo. Por exemplo, Robert Darnton (2011), historiador norte-americano, denuncia os excessos interpretativos dos psicanalistas ingleses na leitura selvagem e anacrônica dos contos de fadas adaptados pelos irmãos Grimm, deixando de lado suas origens violentas e a função social entre os camponeses franceses[16].
A terceira possibilidade, a qual irei destacar aqui, consiste em aproximar a psicanálise do campo historiográfico para pensar as questões próprias do campo psicanalítico. Freud se serviu da história em vários momentos de sua obra. Trabalhando sobre a constituição das neuroses, comentou fontes documentais em “Uma neurose do século XVII envolvendo o demônio”[17]. Mais adiante reconstrói a saga de Moisés com ares de romance histórico em “Moisés e o monoteísmo[18]. Seguindo a via da escrita romântica, Freud contribuiu para a criação de um estilo de escrita semelhante a uma narrativa histórica para a construção de suas Krankengeschichten (histórias clínicas ou, literalmente, histórias de doentes), revelando que entre a psicanálise e a história temos a arte literária.
É por esse terceiro eixo que Michel de Certeau questiona: como analista, “o que faz Freud da história?” A princípio, ele revela a partir de uma Aufklärung, ou seja, uma clarificação ou elucidação, a própria legibilidade do passado. O mais antigo é mais claro. É o que está implícito no subtítulo de “Totem e tabu: algumas concordâncias entre a vida dos homens primitivos e dos neuróticos[19]. Disso se constata outra subversão freudiana: considerar o passado no presente. Nisso Freud se distancia por completo dos historiadores, inclinados a organizar o tempo separando passado e presente, bem como suas categorias de análise: economia, sociedade, cultura, dentre outros. Seria Freud anacrônico? A experiência clínica revela ao criador da psicanálise a atemporalidade do inconsciente e o desejo indestrutível. Assim, é o próprio sujeito quem é anacrônico. Parafraseando a frase da canção Clube da Esquina II[20], “e sonhos não envelhecem”, podemos dizer que o desejo não envelhece ao atar passado, presente e futuro em uma mesma linha. Assim, ao lidar com o Unbewusste (não saber) e sua atemporalidade, Freud trabalha com aquilo que é deixado de lado pela historiografia.
A análise é subversiva ao tempo cronológico. Há, portanto, um tempo que passa e outro que não passa. Faz-se necessário não reduzir a questão do tempo na psicanálise à sua linearidade em termos de realidade e à sua lógica. Na análise o tempo se regula pela transferência[21].
A escrita da Krankengechichte
E o que fez Freud da história clínica? Além da cisão com a clínica do olhar, caracterizada pelo exame anatomoclínico do médico e pelo silêncio do paciente[22], em favor da clínica do ouvir, a invenção da psicanálise provocou também o abandono da prática da anamnese, instrumento médico protocolar de rememoração da doença. Enquanto a medicina se interessa pela história da doença e de sua causalidade natural, o criador da psicanálise fez emergir a história do “doente”, a singularidade de cada um. Nas palavras de Vidal: “Freud se arrisca a entregar apenas fragmentos — Bruchstücke, pedaços rotos — mostrando a incompletude do trabalho analítico, fazendo passar à escrita pedaços do real da experiência”[23].
A história clínica nada mais é do que o registro escrito da experiência. Esta é repleta de lacunas, ausências e composta em fragmentos. Aqui vale evocar os versos da canção Trem Azul, pois traduzem o lacunar do sujeito: “Coisas que a gente se esquece de dizer / Frases que o vento vem às vezes me lembrar / Coisas que ficaram muito tempo por dizer / Na canção do vento não se cansam de voar”[24].
As cinco análises freudianas são apenas fragmentos, trechos, registros escritos de experiências maiores. Na análise de Ernest Lanzer, o Homem dos Ratos, Freud diz que não tem pretensão nenhuma de apresentar a história completa. Trata-se de um fragmento de uma história clínica comentada teoricamente. O tradutor britânico da obra freudiana James Strachey comenta de forma perplexa o grande achado que foi o registro preservado do diário das sessões de análise de Lanzer entre os livros de Freud após a sua morte, pois era de praxe do criador da psicanálise a destruição dos rascunhos e notas depois das publicações.
E para que serve a publicação da história clínica? Para transmitir a psicanálise e fazer avançar os conceitos. É nos casos difíceis que ela avança teoricamente[25], pois a experiência faz interrogar a teoria.
A história clínica é fabricada a partir do material clínico em um só depois. É nesse sentido que a expressão “caso clínico” adquire seu valor, já que a etimologia do termo “caso” remete ao que já caiu. No relato clínico do Homem dos Ratos, Freud recomenda ao analista registrar a sessão depois, e não durante o atendimento, para não desviar sua atenção. Fazia ele o registro todas as noites dos primeiros meses da referida análise e de súbito cessa esse registro. Tal fato mostra que a história clínica como uma “história do significante”[26], e não do conteúdo. Considerar a historicidade do significante consiste em reconhecer a impossibilidade de recuperar o passado tal e qual ocorrido.
A história clínica é uma história da transferência com todas suas diacronias e sincronias significantes e de um tempo que não passa. Como vimos, desde os “Estudos sobre histeria[27] Freud interroga se a escrita de seus casos clínicos não seriam novelas. Se “no princípio era o amor”[28], este veio à tona através da leitura freudiana e lacaniana da apresentação clínica de Bertha Pappenheim, vulgo Anna O, que ainda hoje mobiliza inúmeros debates historiográficos sobre o que seria realidade e ficção. Para o analista interessa a realidade psíquica e a consideração que a transferência é “a atualização da realidade do inconsciente”[29]. ♦
Referências
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* Raul Max Lucas da Costa é psicanalista, membro do Aleph – Escola de Psicanálise (MG). Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará – UFC e doutor em Psicologia pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Professor do curso de Psicologia do Centro Universitário Dr. Leão Sampaio, Juazeiro do Norte (CE). E-mail: <raulmaxpsi@yahoo.com.br>
[1] GAY, Peter (1986) Freud: uma vida para nosso tempo. Trad. D. Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
[2] FREUD, Sigmund (1893-95) Obras completas, vol. 2: “Estudos sobre a histeria”. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2016; p. 231.
[3] FOUCAULT, Michel (1969). O que é um autor? Trad. A. F. Cascais; E. Cordeiro. Lisboa: Editora Vega, 1992.
[4] CERTEAU, Michel de (1975) A escrita da história. Trad. M. L. Menezes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.
[5] CERTEAU, Michel de (1987) História e psicanálise: entre ciência e ficção. Trad. G. J. F. Teixeira. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.
[6] ROUDINESCO, Elisabeth (2014) Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo. Trad. A. Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2016.
[7] ASSOUN, Paul-Laurent (1993) Metapsicologia freudiana: uma introdução. Trad. D. D. Estrada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.
[8] LACAN, Jacques (2001) Outros escritos. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
[9] FREUD, Sigmund (1913) “O interessse da psicanálise”. In: Obras completas, vol. 11: “Totem e tabu, Contribuição à história do movimento psicanalítico e outros textos”. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
[10] BLOCH, Marc (1949) Apologia da história ou O ofício do historiador. Trad. A. Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001; p. 55
[11] CERTEAU, Michel de (1975) A escrita da história. Trad. M. L. Menezes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.
[12] FREUD, Sigmund (1914) “Contribuição à história do movimento psicanalítico”. In: Obras completas, vol. 11: “Totem e tabu, Contribuição à história do movimento psicanalítico e outros textos”. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
[13] GAY, Peter (1986) Freud: uma vida para nosso tempo. Trad. D. Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
[14] ROUDINESCO, Elisabeth (2014) Sigmund Freud na sua época e em nosso tempo. Trad. A. Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2016.
[15] CERTEAU, Michel de (1975) A escrita da história. Trad. M. L. Menezes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.
[16] DARNTON, Robert (1998) O grande massacre dos gatos. Trad. S. Coutinho. Rio de Janeiro: Graal Editora, 2011.
[17] (1923) “Uma neurose do século XVII envolvendo o demônio”. In: Obras completas, vol. 15: “Psicologia das massas e análise do eu e outros textos”. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
[18] FREUD, Sigmund. Moisés e o Monoteísmo, Compêndio de Psicanálise e outros textos (1937-1938). Volume:19. Tradução Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
[19] FREUD, Sigmund (1913) “Totem e tabu”. In: Obras completas, vol. 11: “Totem e tabu, Contribuição à história do movimento psicanalítico e outros textos”. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
[20] BORGES, Lô; BORGES, Márcio; NASCIMENTO, Milton. Clube da Esquina II. Álbum Nana Caymmi, 1979.
[21] LE POULICHET, Sylvie (1994) O tempo na psicanálise. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1996.
[22] FOUCAULT, Michel (1963) O nascimento da clínica. Trad. R. Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.
[23] VIDAL, Eduardo. Acerca do caso clínico. Transfinitos, vol 14. Belo Horizonte: Aleph – Escola de Psicanálise, 2015. pp.313-324.
[24] BASTOS, Ronaldo; BORGES, Lô. O Trem Azul. Álbum Clube da Esquina, 1972.
[25] FREUD, Sigmund (1917-20) Obras completas, vol. 14: “História de uma neurose infantil, Além do princípio do prazer e outros textos”. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
[26] LACAN, Jacques (1957-58) O seminário, livro 5: As formações do inconsciente. Trad. V. Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
[27] FREUD, Sigmund (1893-95) Obras completas, vol. 2: “Estudos sobre a histeria”. Trad. P. C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2016; p. 231.
[28] LACAN, Jacques (1960-61) O seminário, livro 8: A transferência. Trad. D. D. Estrada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.
[29] LACAN, Jacques (1964) O seminário, livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Trad. M.D. Magno. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
COMO CITAR ESTE ARTIGO | COSTA, Raul Max da (2019) Freud e a escrita da história clínica: um encontro entre psicanálise e historiografia. Lacuna: uma revista de psicanálise, São Paulo, n. -8, p. 11, 2019. Disponível em: <https://revistalacuna.com/2019/12/07/n-8-11/>.