O Tempo na Pandemia: a percepção temporal dentro e fora da clínica

por Tábata Romani Hernández

Faz um tempo que a maioria de nós tomou certo conhecimento a respeito da relatividade das coisas. A investigação coletiva destes últimos dois séculos nos levou a entender o quão complexo e elástico um conceito pode chegar a ser dentro de sua subjetividade.

Apesar de frequentemente nos fiarmos no tempo encontrado no relógio, estabelecido em eras mais antigas como forma de um acordo coletivo anterior, é sabido que orbitamos também por um diferente espaço temporal.

Quanto à relatividade, já fomos avisados sobre ela através de mentes brilhantes da Física, como Einstein e sua fundamental teoria, da Filosofia e, claro, da Psicanálise. Todas essas ciências humanas nos fazem um convite para pensarmos neste conceito partindo do tempo vivido e registrado pelo inconsciente.

Ao ler o interessante artigo de Jô Gondar, de 2006 nos deparamos, logo de início, com uma oportuna citação de Santo Agostinho: “O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; mas se o quiser explicar a quem me faz a pergunta, já não sei”[1].

Com esta reflexão, Santo Agostinho explicita o caráter irrepresentável do tempo, algo que está em direta consonância com os ensinamentos freudianos. Em mais de uma ocasião, Sigmund Freud nos trouxe noções que, assim como a questão temporal, demonstram nossa incapacidade de simbolização total do nosso conteúdo psíquico, como as problemáticas de diferenciação sexual e a própria morte.

Podemos ver essas relevantes considerações principalmente em textos como Além do princípio de prazer (1920), A transitoriedade (1915) e Considerações atuais sobre guerra e morte (1915).

Em A transitoriedade, Freud descreve a conversa, pelos campos floridos da cidade italiana de Dolomitas, com o poeta Rainer Maria Rilke e a amiga Lou-Andreas Salomé, a respeito da finitude das coisas. Na obra, escrita durante a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o psicanalista rebate o pessimismo de Rilke valorando a existência do efêmero. Ele expunha com isso o argumento de que apenas assim é possível entender a importância das coisas.

A destruição e o fim do objeto exigem de nós um processo de luto em direção ao confrontamento, necessário ao psiquismo, da limitação existente. Desta forma, então, seria viável elaborar a finitude em nós. Seria, portanto, exatamente a natureza transitória da vida que nos permite reconhecer a passagem do tempo e, com isso, a sua importância.

Concomitantemente a estas ideias, Considerações atuais sobre guerra e morte, publicada no mesmo ano, faz uma aproximação surpreendente aos tempos atuais de pandemia. Aqui, Freud explora os processos psíquicos de viver uma realidade imprevisível que nos coloca de fronte a uma visão menos neurótica (e mais realista) da morte, do fim. Ele escreve, em 1915[2]:

Arrastados pelo turbilhão desta época de guerra, informados de modo unilateral, sem distância quanto às grandes transformações que já se realizaram ou se começam a realizar e sem vislumbre do futuro que já se está a configurar, desencaminhados andamos no significado por nós atribuído às impressões que nos oprimem e no valor dos juízos que formamos. Quer parecer-nos que jamais acontecimento algum terá destruído tantos e tão preciosos bens comuns à humanidade, transtornado tantas inteligências lúcidas e rebaixado tão fundamente as coisas mais elevadas.[3]

Mais adiante, no início da segunda parte, intitulada de A nossa atitude diante da morte, ele afirma:

Baseamo-nos no método de investigação da psicanálise, o único que chega a tais profundezas. Perguntamo-nos: como se comporta o nosso inconsciente perante o problema da morte? A resposta rezará assim: quase exactamente como o homem primordial. Neste aspecto, como em muitos outros, o homem da Pré-história sobrevive imutável no nosso inconsciente. Por isso, o nosso inconsciente não crê na própria morte, comporta-se como se fosse imortal. O que denominamos “inconsciente” – os estratos mais profundos da nossa alma, constituídos por moções pulsionais – não conhece, em geral, nada de negativo, nenhuma negação – as contradições fundem-se nele – e, portanto, também não conhece a própria morte, à qual só podemos dar um conteúdo negativo. Por conseguinte, nada de pulsional favorece em nós a crença na morte. Talvez seja este até o segredo do heroísmo.[4]

Ousamos, então, dizer que o presente momento pandêmico conversa de algum modo com uma época de guerra. Guardadas as devidas diferenciações, obviamente, nossos psiquismos se encontram da mesma forma em um lugar de difícil simbolização, provocando experiências da ordem do traumático e do universal.

A percepção temporal no cotidiano

A possibilidade de uma elaboração do que é experienciado no contemporâneo ainda nos é fugidio. Estaríamos vivendo atualmente o confuso paradoxo de um tempo sem finitude, sem borda, sem futuro e, concomitantemente, um tempo em que a finitude, cravada no Real, nos convoca a todo momento através de mortes e perdas.

O psicanalista e psiquiatra mineiro Sérgio Kehdy traz uma interessante perspectiva sobre o assunto. Segundo ele, atualmente vivemos a abrupta falta de contorno de uma rotina diária. A demarcação do nosso dia-a-dia teria o importante efeito, então, do conceito winnicottiano de holding aqui.

Em tempos de quarentena ficamos impossibilitados de caminhar por aquela rua, de conversar com o senhor da banca de revistas, o comprar aquele chocolate quente naquela padaria perto do trabalho. Aquilo que ajuda a marcar o passo da vida e do tempo, hoje, não acha espaço para existir.

Como fazemos, portanto, com este cotidiano que se transformou tão repentinamente? Este mesmo que, com a soma de outas e tantas crises mundiais, nos causa a angustiante sensação de perda de controle (aquele mesmo, aquele que pensávamos ter) e de falta de esperança no futuro próximo.

A inviabilização da boa e velha ideia de controle sobre nossos dias faz com que, às vezes, o tempo pareça mais elástico do que era. Assim como tudo parece passar muito rapidamente e também nos faz sentir que estamos nesta há anos: “aquilo me aconteceu há 3 dias ou 3 semanas?”

Torna-se então visível, dada esta enorme plasticidade temporal, que estamos de fato diante de um conceito irrepresentável. E, com isso, voltamos para os ensinamentos de Santo Agostinho e Freud.

No texto O inconsciente[5], assim como em demais obras do psicanalista austríaco, este nos apresenta os fundamentos desta questão sobre a percepção do mundo externo em nosso mundo interno.

Publicado também em 1915, este escrito se foca em descrever o funcionamento do processo do sistema psíquico do inconsciente como atemporal e subjetivo. Portanto, o tempo é percebido e armazenado por nós de um modo muito mais complexo do que as páginas de um calendário.

Conhecer esta diferenciação e aprender a valorar e a questionar-se sobre esta vivência dentro do nosso universo individual pode ajudar-nos a retirar ou a diminuir a carga da confusão e da angústia desta não-linearidade.

Continuando nossa reflexão, e pensando para além da experiência cotidiana, uma especificidade que vale a pena investigar é a noção de tempo na clínica psicanalítica. Como a temporalidade é tecida e tece o trabalho analítico e como ele foi alterado na pandemia?

A percepção temporal na clínica

Como sabemos, a grande maioria dos atendimentos passou rapidamente e sem muito aviso prévio dos consultórios para a modalidade denominada online. Desde então, seguimos nós, operadores da Psicanálise, na tentativa de elaborar as particularidades deste formato.

Aparentemente, já vigora entre os profissionais da área o consenso de que, mesmo nos atendimentos pela internet, permanece ali a famigerada e imprescindível presença do(a) analista.

Porém, de algum modo, podemos dizer que algo muda do enquadre analítico, do olhar, dos cortes e dos mal-entendidos. Mas, há presença. Até porque não nos parece exagero afirmar que sem ela não haveria viabilidade do prosseguimento do trabalho terapêutico. Temos que estar.

Ao adentrar no campo das diferenças vistas em época de pandemia, é possível apontar uma comentada com frequência: a questão do tempo das e nas sessões. Os momentos anteriores, posteriores e dentro do encontro clínico tem chamado a atenção daqueles (de todos nós) acostumados ao setting analítico dentro do consultório.

O antes no trabalho analítico 

Considerando este período que precede a sessão, podemos dizer que o percurso habitualmente feito até o local da análise e a espera na sala por ser chamado(a) produziam um relevante tempo de preparo e gestação do material a ser compartilhado.

Certa vez, como exemplo, um analisante entrou radiante na sala de consulta relatando o sonho que teve naquele momento, nos minutos em que aguardava a sessão. Ou, até mesmo, quem nunca escutou alguém começar o encontro já dizendo: “a caminho de cá pensei em algo que preciso comentar contigo”?

Alguns sentem que esta oportunidade foi dificultada pelas demandas cotidianas da casa onde permanecem na quarentena e pela falta de tempo pessoal que isso acarreta. Essa presentificação massiva do externo atrapalharia o momento de pausa para a contemplação.

Porém, e apesar disso, este tempo de preparação psíquica não foi totalmente extinguido. Talvez seja mais proveitoso se pensarmos que ele somente foi modificado. Cabe a cada um de nós reencontrar novos espaços de conexão consigo mesmo(a) dentro deste dia-a-dia provisório.

O durante o trabalho analítico    

E então, uma vez iniciada a sessão, a percepção temporal deste encontro também sofre mudanças? Provavelmente a melhor resposta, assim como tudo nesta época ainda confusa a nós, seja: sim e não.

Há de fato algo ligeiramente incomum nos atendimentos desta fase atual. Na tentativa de elaborar alguma asseveração neste texto, arriscamos dizer que parece emergir nas falas de analisantes um teor às vezes mais denso e mais (chamemos de) íntimo. E uma possível explicação seria o grau de incertezas e isolamento que uma pandemia causa.

Exatamente por nos relacionarmos menos com o de fora, com o neutro, somos obrigados(as) a nos defrontar com o que é nosso. E assim, talvez, haja mais via de contato com algo que por vezes torna mais complicada a tarefa até de encerrar aquela sessão.

Por outro lado, não podemos deixar de ressaltar o caráter volúvel de uma terapia psicanalítica. Encontros terão traços mais ou menos densos no recorte clínico, dependendo do momento de análise, do próprio sujeito, e dos acontecimentos naquela semana.

Portanto, pensando na inconstância da abertura/fechamento do inconsciente, é difícil imputar o desdobramento psicanalítico de um indivíduo pautando-se exclusivamente nas complexidades da época. Existem outros elementos a serem levados em consideração.

Talvez o que pode nos estar chamando a atenção é que o volume de atendimentos a se aprofundar seja maior, concomitantemente.

O depois do trabalho analítico

Por fim, mas não menos importante, o período sucessivo à sessão carrega consigo uma complexidade estudada por muitos na Psicanálise. Freud, por exemplo, formulou um conceito específico sobre o tempo de ressignificação no processo analítico, chamado de Nachträglich.

Essa noção da clínica que, posteriormente, foi traduzida pelos franceses como après-coup ou como deferred action pelos ingleses, fala da necessidade de uma outra temporalidade a fim de se alcançar uma elaboração do que foi trabalhado e trazido à luz durante a análise. Parte do conteúdo psíquico só será concebido dentro de um sentido no decorrer do tempo, a posteriori.

Em dezembro de 1896, Freud escreve uma carta a Wilhelm Fliess e menciona esta questão:

“…estou trabalhando a hipótese de que o nosso mecanismo psíquico se tenha estabelecido por estratificação: os matérias presentes sob a forma de traços mnésicos sofrem de tempos em tempos, em função de novas condições, uma reorganização, uma reinscrição”[6]

Nosso psiquismo, portanto, não funcionaria de uma forma linear. Ele “remodela constantemente o seu sentido”[7] e torna, de certo modo, flexíveis as nossas memórias e percepções sobre quando e como vivemos um acontecimento.

É importante compreender que para Freud a ideia de a posteriori se trata não de todas as experiências psíquicas de um sujeito, mas daquelas que, quando vividas, não puderam ser integradas e simbolizadas. Diríamos que Nachträglich ocorre apenas, então, com as situações que possuem em si caráter traumatizante.

E, seguindo para além das postulações freudianas, é possível nomear outros(as) psicanalistas que contribuíram para o tema da continuidade ou temporalidade processual analítica.

Um deles, de suma relevância, é o analista francês Jacques Lacan. Ao apresentar a noção de tempo lógico, ele resgata o conceito de Nachträglich e o divide em três momentos.

Sua obra O tempo lógico e a asserção de certeza antecipada: um novo sofisma (1945)[8], contida em seus Escritos, descreve e divide os momentos do aprés-coup como o instante de olhar, o tempo para compreender (o que seria denominado de perlaboração, em Freud) e o momento para concluir.

No texto, claramente influenciado pelo pensamento de Heidegger (um filósofo que diz entender a antecipação de uma certeza como condição fundamental para a temporalização), Lacan retoma a importância de sabermos diferenciar o instante em que algo é vivido e o momento em que aquele material pode ser enfim elaborado. Para que isso aconteça, é essencial que o indivíduo percorra o tempo, deduza, pesquise, antecipe, reflita.

Nas palavras de Jô Gondar, em seu artigo previamente mencionado:

O sofisma do tempo lógico exige que o sujeito precipite sua certeza num ato, e é esta dimensão que rege as sessões de duração variável: o ato do analista, o corte visa apressar o tempo para compreender para precipitar a asserção subjetiva. A hesitação, a espera, devem dar lugar à pressa, num apelo do futuro, numa urgência do momento de concluir.[9]

Portanto, aufere-se que o corte das sessões para Lacan não fala de um atendimento necessariamente curto, como muitos pressupõe, porém de um encontro onde o(a) analista corta-o para produzir movimento no psiquismo do(a) analisante.

O psicanalista francês também soma a esse tema a ideia de moções suspensas, períodos de hesitação entre os momentos citados. Até chegar à asserção subjetiva, à pressa de concluir algo sobre o que foi experienciado, irei hesitar e me frear para tentar compreender. Tais moções suspensas, segundo ele, são fundamentais para que me entenda e entenda os outros a respeito do que aconteceu.

Criando uma ligação direta a Lacan e Freud neste ponto, incluímos as contribuições do analista inglês Donald Winnicott. Este também ressalta a existência do tempo não-linear do inconsciente e a importância do entre, ao apresentar o conceito de espaço potencial.

Para Winnicott, há “uma área intermediária de experimentação entre o interno e o externo, entre o que é subjetivamente concebido e o que é objetivamente percebido”[10]. Somente dentro desta temporalidade a qual permite a elasticidade do intervalo é que o material psíquico poderá ser simbolizado.

O que se tornará fator diferencial entre as proposituras teórico-clínicas entre Lacan e Winnicott, neste aspecto, diz respeito à atuação do(a) analista. Enquanto o primeiro assegura que o profissional deve realizar cortes para acelerar o processo de compreensão, o segundo afirma a importância da presença de um espaço possível, potencial, a fim de que o sujeito se sinta suficientemente seguro para atinja alguma conclusão.

Acerca destas duas vias de manejo clínico há muito que poderia ainda ser explorado, mas, por hora, elegemos manter nosso foco no quanto se vê significativo uma consideração maior em como o tempo corre para além do demarcado pela nossa racionalidade, dentro e fora da clínica psicanalítica.

Conclusão

Empenhar-se avidamente em controlar o entorno seria uma resposta natural (e, principalmente, neurótica) ao mal-estar cotidiano. Nossa tendência é defendermos de frustrações e dores antes que elas possam aparecer ao imaginá-las e bolar saídas antecipadas.

O problema é que, muitas vezes, a fim de evitar a angústia acabamos indo de encontro certeiro a ela. Para acreditar que estamos protegidos vivemos o desconforto antes dele existir.

Seja na jornada pessoal numa terapia ou no nosso próprio cotidiano, tentamos agarrar o futuro com unhas e dentes e, ao falhar em proporções pandêmicas, submetidos a situações nunca antes vivenciadas, somos tomados pela sensação de descontrole e falta de contorno.

O que talvez comece a nos servir de tempo de conclusão é exatamente permitirmo-nos adentrar no momento de compreender o que passa, formulando hipóteses e entendendo-nos no interno e no externo.

  Ao permitir que seja feita a inclusão do hesitar, do espaço de experimentação, em nossas vidas, poderemos deixar de lado ao menos parte da ansiedade que nos aflige. O que não conseguimos elaborar transborda para além do que recebe significado. Merece tempo. Merece território.

Aqui vale citar as palavras de Thomas Ogden, psicanalista norte-americano:

Palavras, quando vivas e respirando, são como acordes musicais. Deve-se permitir que a ressonância total do acorde ou da frase seja ouvida em toda a sua sugestiva imprecisão. Em nosso uso da linguagem, tanto para fazer teoria como em nossa prática analítica, precisamos tentar fazer música ao invés de tocar notas.[11]

Não caímos no exagero ao dizer que estamos todos passando por uma época traumatizante. Muito pouco pode ser deduzido ou assegurado atualmente e isso pede uma profunda reflexão antes de qualquer possível conclusão. Algo deste próprio texto é hipotético e empírico.

Tudo o que podemos fazer, e já é de bom tamanho, é compreender que nem tudo consegue ser definitivamente representável. Talvez essa seja uma lição a ser aprendida. Aqui, portanto, falamos em castração. Uma possibilidade de respeitarmos nossa incapacidade em sermos donos do tempo. Assim como Santo Agostinho que acertadamente alcança a serenidade de dizer que sobre o tempo mesmo pouco sabe.

REFERÊNCIAS 

FREUD, Sigmund. (2009). Escritos sobre a guerra e a morte. Tradução de Arthur Morão. Covilhã. Lusofia Press Editora. (Trabalho original publicado em 1915).

FREUD, Sigmund. (2006). O inconsciente. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. .2. Rio de Janeiro: Imago, pp. 13-74. (Trabalho original publicado em 1915)

GONDAR, Jô. (2006). Winnicott, Bergson, Lacan: tempo e psicanálise. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 9(1), 103-117. https://doi.org/10.1590/S1516-14982006000100008

LACAN, Jacques. (1998). O tempo lógico e a asserção de certeza antecipada: um novo sofisma. In Jacques Lacan, Escritos (V. Ribeiro, trad.). Rio de Janeiro Jorge Zahar, pp. 197-213. (Trabalho original publicado em 1945)

LAPLANCHE, Jean; PONTALIS, Jean-Bertrand.  (1996) Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, p. 33.

OGDEN, Thomas. (2013). Reverie e Interpretação: captando algo humano. (T. M. Zalcberg, trad.). São Paulo: Escuta, p. 22.


*Tábata Romani Hernández é psicanalista e advogada, formada pela Universidade Mackenzie e pelo Centro de Estudos Psicanalíticos, em São Paulo. É também mestranda pela Universidade Kennedy em Buenos Aires, Argentina, onde investiga em sua dissertação a importância da presença do(a) analista no processo psicanalítico. Atualmente, trabalha atendendo na Clínica da Vila, localizada no bairro da Consolação, em São Paulo.



[1] AGOSTINHO. (1984) Confissões. Porto: Apostolado da Imprensa, p. 304, apud GONDAR, Jô. (2006). Winnicott, Bergson, Lacan: tempo e psicanálise. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 9(1), 103-117. https://doi.org/10.1590/S1516-14982006000100008

[2] Freud, S. (2009). Escritos sobre a guerra e a morte. Tradução de Arthur Morão. Covilha. Lusofia Press Editora. (Trabalho original publicado em 1915)

[3] Freud, p. 04

[4] Ibid. p. 21

[5] FREUD, S. (2006). O inconsciente. In: FREUD, S. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. .2. Rio de Janeiro: Imago, pp. 13-74. (Trabalho original publicado em 1915)

[6] LAPLANCHE, J. PONTALIS, J. B.  (1996) Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, p. 33.

[7] Ibid., p. 34

[8] LACAN, J. (1998). O tempo lógico e a asserção de certeza antecipada: um novo sofisma. In: J. Lacan, Escritos (V. Ribeiro trad., pp. 197-213). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. (Trabalho original publicado em 1945)

[9] GONDAR, Jô. (2006). Winnicott, Bergson, Lacan: tempo e psicanálise. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 9(1), 103-117. https://doi.org/10.1590/S1516-14982006000100008

[10] Ibid.

[11] OGDEN, T. (2013). Reverie e Interpretação: captando algo humano. (T. M. Zalcberg, trad.). São Paulo: Escuta, p. 22.




COMO CITAR ESTE ARTIGO | HERNANDEZ, Tábata Romani(2020) O Tempo na Pandemia: a percepção temporal dentro e fora da clínica. Lacuna: uma revista de psicanálise, São Paulo, n. -10, p. 15, 2020. Disponível em: <https://revistalacuna.com/2020/12/15/n-10-15/>.